Nanotecnologia deverá acabar com a quimioterapia

Por , em 17.06.2009

Pesquisas com a nanotecnologia podem, em um futuro próximo, permitir que o tratamento para câncer se torne mais simples e menos tóxico para os pacientes. Nanopartículas criadas na Universidade da Flórida Central pelo professor J. Manuel Perez e sua equipe podem um dia atacar e destruir tumores, evitando que pacientes com câncer sejam expostos à quimioterapia.

Uma droga chamada Taxol, muito comum em tratamentos quimioterápicos, foi utilizada em estudos com cultura de células. O Taxol costuma causar muito danos ao corpo, pois prejudica tecidos saudáveis, e não apenas as células cancerígenas.

Nanopartículas com Taxol, criadas em laboratório pela equipe de Perez, são modificadas para carregar o medicamento apenas para as células cancerosas, permitindo que tratamentos específicos para estas células não ataquem partes saudáveis do corpo. As nanopartículas carregam ácido fólico, uma vitamina consumida por células cancerosas, e assim se tornam “atraentes” para elas. Um pigmento fluorescente e óxido de ferro magnetizado também fazem parte das nanopartículas, o que permite que médicos acompanhem em imagens ópticas ou em imagens de ressonância magnética a evolução do tratamento no tumor.

A criação também pode ser utilizada para a identificação de câncer. Se o corpo não tem tumores, as nanopartículas não se ligam ao tecido doente e são eliminadas pelo fígado. “O que é único sobre o trabalho é que as nanopartículas têm um papel duplo, no diagnóstico e como agente terapêutico, em um veículo biodegradável e biocompatível”, afirma Perez. “Embora os resultados ainda sejam preliminares, eles são animadores”, diz o pesquisador. [Science Daily]

1 comentário

  • Rodrigo Pimentel:

    Bela teoria.
    Com certeza é , no mínimo, bela.
    A questão é saber se a teoria virá para prática sem maiores problemas pois, pior do que ter uma solução conhecida para um problema, é tê-la e não acessá-la.Temos comida em abundância e fome igualmente.
    Continuo com a “infantil” esperança de democratização do bem-estar.
    O fato interessante foi o do professor ter sobrenome de origem latina.Muito sugestivo.
    De qualquer forma torçamos para que dê certo!

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