Pais e avós: as crianças podem ser o centro de suas vidas

Por , em 22.04.2012

Algumas vezes, as pessoas não enxergam como evoluímos para nos centrarmos demais em nossas crianças. Sendo assim, o modo como as criamos pode ser decisivo.

Existe um campo de estudos chamado de medicina Darwiniana, que analisa os humanos como bem adaptados, sem ter doenças ou sintomas como alvos. O médico pediatra Paul Turke é um desses estudiosos. Ele ilustra a situação a partir de um exemplo:

“Quando uma criança torce o tornozelo jogando futebol, todos logo correm para oferecer gelo e antiinflamatórios. Mas eu insisto que meu filho não precisa de nenhum. Como médico Darwinista, penso que a dor e inflamação são uma reposta evolucionária ao problema, o que sugere que são parte da solução e não do problema. Elas existem para promover a cura”.

Outro exemplo é a febre, ativada por estranhos mecanismos evoluídos. Mas a maior parte dos médicos pede para os pacientes tomarem remédios. Nesse sentido, a medicina Darwiniana não busca o alívio imediato para os problemas, mas pensar no que vai acontecer “no fim da estrada”.

No campo da pediatria, o médico está escrevendo um livro onde comenta uma série de ideias, inclusive as vacinas, que “são grandes invenções, mas nós poderíamos dar mais atenção para como os patôgenicos evoluem com nossos sistemas imunológicos”. Condições como anorexia, depressão e autismo também são analisadas sob a ótica da medicina Darwiniana.

O livro do médico, que ainda será lançado, é “Bringing Up Baby: A Darwinian view of pediatrics” (“Uma visão Darwiniana da pediatria”).

O que você acha? Educaria seu filho à mercê da evolução? [NewScientist]

3 comentários

  • Guilherme L.:

    Mas o objetivo dessa medicina darwiniana seria adaptar o organismo humano para se tornar mais resistente a doenças? Porque se for esse, o considero desnecessário em um mundo no qual existem remédios e tratamentos para impedir essas dores e sofrimentos. Até porque se seguíssemos o método de criação infantil idealizada pelo autor, teríamos, no máximo, crianças mais resistentes, mas não imunes e impostas ao sofrimento como sempre foram.

    Para a medicina, essa linha de estudos pode trazer benefícios, porém, para a sociedade, não passa de utopia.

  • Flávia Barata Alcântara:

    Como médica, entendo o ponto de vista desse pesquisador, já que as respostas do nosso organismo servem para combater as doenças e isso é algo bom. Algumas pessoas preferem não tomar antitérmicos ou antiinflamatórios, e esperam a dor passar. Mas como mãe, que um dia pretendo ser, não deixaria de dar um remédio como esses, se isso o fizesse sentir melhor e mais disposto. Não acho que fazer uma criança sentir dor é fundamental para que ela se torne mais forte e saudável…

  • Klaus Alencar:

    nao sabia dessa área da medicina de deixar o próprio organismo ser adpta e regenerace,muito bom essa nova erea
    da medicina Darwiniana.

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