Por que a voz soa diferente quando a ouvimos em uma gravação?

Por , em 6.08.2013

Você já ouviu sua voz gravada em algum vídeo ou no telefone e se assustou com a diferença? Achou que nem era você?

O professor de audiologia da Universidade de Vanderbilt, Bem Hornsby, explica que “quando você fala, as pregas vocais da garganta vibram, o que faz com que a pele, o crânio e a cavidade oral também vibrem, e percebemos isso como som”.

As vibrações se misturam com as ondas sonoras e viajam da boca para o tímpano, dando a voz sua qualidade em geral – mais profundo, mais digno de som – que ninguém mais ouve.

Através de um dispositivo de alto-falante ou de gravação, você ouve o som apenas por via aérea. “O som que estamos acostumados a ouvir tem uma frequência menor de vibrações do que o osso”, diz Hornsby. “Nós gostamos disso porque soa rico e completo. Muitas pessoas se assustam com o som da reprodução, porque o nosso cérebro se esforça para aceitar que esta voz estranha é a nossa própria”. [PopSci]

12 comentários

  • Lucas Gontijo:

    Só acho válido no caso de você possuir um microfone de alta qualidade.

  • Carlos Alberto Barbosa:

    IMAGINO QUE O NOSSO CÉREBRO PASSA A ACHAR A NOSSA PRÓPRIA VOZ FEIA, EM UMA GRAVAÇÃO, PORQUE ELE ESTÁ ACOSTUMADO A “OUVI-LÁ” DE UM JEITO DIFERENTE. PARA QUEM ESTÁ ACOSTUMADO A NOS OUVIR, NÃO A ACHARÁ FEIA. ENTÃO O CÉREBRO NÃO RECONHECE A VOZ, MAS RECONHECE O NOSSO JEITO DE FALAR. É COMO SE FOSSE UMA PESSOA ESTRANHA TENTANDO IMITAR A NOSSA VOZ.

  • Gil Cleber:

    Explicação duvidosa. Porque a voz das outras pessoas também parece diferente, não é só a minha.

  • André Luiz Angelini:

    Cara, nesse caso minha voz é horrível

  • levipt:

    Ana Claudia, desculpe, mas a tradução da frase “O som que estamos acostumados a ouvir tem uma frequência menor de vibrações do que o osso” não está correta. Estranhei quando li isso e fui ver o original, que diz: “The sound we’re used to hearing has a lower frequency from the bone vibrations”.

    Uma tradução melhor seria: “O som que estamos acostumados a ouvir tem uma frequência mais grave devido às vibrações do osso”. Ou seja, o som que ouvimos é mais grave, porque os ossos abafam as frequencias mais agudas.

  • Emilene França:

    Não entendi .-.

    Pera, é assim, sua voz em uma gravação soa como os outros escutam? É isso? Já me falaram algo parecido com isso… ‘-‘

    • Marcelo Ribeiro:

      É isso aí. Você ouve a sua voz diferente do que os demais.

  • Lorenna:

    Não gosto de ouvir minha voz, parece muito fina e infantil.

    • Flor de Lis:

      Pois somos duas então, Lorenna. Também não gosto de ouvir a minha…e também pelo mesmo motivo.

  • Evandro Oliveira:

    Além disso, também há a qualidade tanto do Receptor quanto do Reprodutor do som.

    A grande gama dos microfones não captam nem 80% das vibrações reais, é como se tirasse uma foto em baixa resolução, e quanto maior a resolução do microfone mais caro ele é. Porém, vai além disso, pois a tecnologia não chegou a ser desenvolvida tão bem quanto o nosso sistema auditivo e nenhum microfone, por melhor que seja, é tão incrivel quanto nosso timpano o é, e desta maneira, os mics em geral são otimizados para pegar certas regiões de frequencias. Alguns modelos ainda MAIS CAROS conseguem captar muito bem todas as frequencias de 20 – 20k hz, mas ainda assim não é tão perfeito quanto o timpano. E em geral, precisam de algumas edições sintéticas para aperfeiçoar este som captado para ficar mais próximo do real.

    Se a recepção já é um problema, a reprodução também o é. As caixas de som reproduzem um som sintética, pois, a grosso modo, sai um som muito ‘redondinho’, e no real não é. Por melhor que busca ser as caixas de som, ela é uma minimização de centenas de variáveis de um som acustico para algumas poucos de um som eletronico.

    Você provavelmente nunca conseguirá ter a mesma impressão (no bom sentido) de ouvir eletronicamente uma orquestra do que ao vivo. Ambientes que buscam reproduzir o mais próximo do real, precisam investir muito em caixas de som de altissima qualidade, com vários dispositivos de saidas, multidirecionadas, e com varias barreiras no ambiente no sentido de refletir o som mais espalhadamente pelo ambiente, produzindo uma maior “confusão de ondas sonoras” (no bom sentido) no ambiente, buscando reproduzir assim sintéticamente um efeito mais próximo do real som acústico.

    Claro, há muitos detalhes sonoros que um ouvido não treinado jamais perceberia, todavia, para um ouvido treinado perceberia tanto que o som emitido se torna sem sal.

    Mas algo interesse a se notar. Que a emissão do som não é apenas através da boca, mas é um som, emitido por um conjunto de um objeto 3D real (uma pessoa, com suas formas etc, assim como um instrumento), e a captação do som também, não é apenas seu ouvido, mas é todo o seu organismo e corpo, inclusive aquele impacto que faz sentir vibrar dentro da barriga.

    Nada como um bom som ao vivo.

    • Guilherme Henrique:

      Isso me parece ser digno de uma matéria.

    • Genioso Irreligioso:

      “Que a emissão do som não é apenas através da boca, mas é um som, emitido por um conjunto de um objeto 3D real (uma pessoa, com suas formas etc, assim como um instrumento)… ”

      Já reparei que em algumas pessoas “obesas” a voz ou o timbre da voz parece ressoar diferente; mais grave 😉

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