Produtos detox não passam de enganação

Por , em 23.01.2017

A palavra detox é popular na indústria do estilo de vida saudável, mas não se deixe enganar pela ideia mágica de que é possível desintoxicar o corpo com sucos, suplementos, chás, cremes e xampus. Seu fígado, rins, pele e outros órgãos já fazem isso sozinhos. Se seu corpo realmente acumulasse todas as toxinas que são mencionadas em comerciais de produtos, você precisaria de atendimento médico urgente ou estaria morto.

Pessoas comuns que exageram no consumo de fast food ou álcool não precisam consumir produtos detox como atalho para uma vida saudável; para isso é necessário se alimentar corretamente e se exercitar.

Para ajudar o seu corpo a se desintoxicar sozinho, é necessário dormir bem, não beber excessivamente, não fumar, se exercitar, ter uma dieta balanceada. Não há remédio mágico ou antídoto que substitua tudo isso.

Agora, quem realmente precisa de uma desintoxicação são aquelas pessoas que sofrem com vício de substâncias como drogas e álcool, mas elas precisam de um tratamento completo e acompanhamento médico. Elas não conseguem isso com sucos, chás ou cremes.

“Vamos ser claros: há dois tipos de desintoxicação: um é respeitável e o outro não é”, diz o professor Edzard Ernst, da Universidade Exeter (Reino Unido). O tipo respeitável é justamente o tratamento médico para vício em drogas. “O outro é uma palavra que foi sequestrada por empresários e charlatões que vendem um tratamento que clama desintoxicar seu corpo de toxinas que você, em teoria, teria acumulado”.

Você pode passar por uma dieta detox de sete dias e provavelmente vai perceber que perdeu peso, mas isso não tem nada a ver com toxinas, e sim com o corte de alimentos calóricos.

Outro problema dos produtos detox é a falta de objetividade quando se trata da suposta substância tóxica. As empresas não identificam que substância seria esta. Em 2009, um grupo de cientistas da ONG Sense about Science do Reino Unido entrou em contato com fabricantes de 15 produtos vendidos em farmácias e supermercados. Esses produtos iam de suplementos de dieta a vitaminas e xampus. Quando eles exigiram evidências de que esses produtos eram detox, as empresas não conseguiu apresentá-las e muito menos nomear as toxinas. [Curiosity.com, The Gardian]

Confira o vídeo, que tem opção de legenda em português:

22 comentários

  • Arionaldo:

    Esses 140 caracteres são muito pouco.

    • Jess James:

      “A gente só enxerga aquilo que nos convém, essa é a verdade. Ver e enxergar são verbos e coisas totalmente diferentes. O cesar tem razão.

  • Arionaldo:

    Se uma pessoa come um absurdo aí passa a comer simplesmente um copo de uma sopinha qualquer claro que essa pessoa vá perder peso.

  • let:

    Suspeitei desde o princípio.
    O mais interessante é que a maioria das pessoas que só tomam isso, não mostram resultado da “dieta”.

  • Paulo Felix:

    Melhor do que conhecer um bom funileiro, é não amassar o carro.
    Ou…
    Não quer toxinas no corpo? Fique longe delas.
    Simples assim.

    • Cesar Grossmann:

      Fica mais fácil se você definir exatamente o que são “toxinas” e de quais “toxinas” você está falando. As “toxinas” que o fígado, rins e pele processam são, em boa parte, produzidas naturalmente pelo corpo, não tem como “ficar longe delas”.

    • Paulo Felix:

      Por quê? Porque você quer? Não, senhor contestador de tudo.
      Vá ler a matéria novamente ou vá procurar na Internet.

    • Cesar Grossmann:

      Paulo, qualquer subproduto metabólico, resultante do funcionamento normal do corpo humano, pode ser classificado como “toxina”. São produzidos normalmente pelo corpo e não tem como você evitá-los (senão não tinha por que ter rins e glândulas excretoras na pele). E não sou eu o contestador de tudo…

    • Paulo Felix:

      É óbvio que estou me referindo às toxinas ingeridas. Um alimento fora do prazo está cheio de toxinas. É disso que é para manter distância.

    • Cesar Grossmann:

      “É óbvio” é uma fonte de mal-entendidos. Só isso.

    • Paulo Felix:

      Quando entro num debate, dou minha opinião e leio as demais. Não fico cobrando explicações.
      Da discussão nasce a luz. Pesquisei na Internet

    • Paulo Felix:

      Certamente não sou eu o contestador, Cesar. Nunca contestei nenhum comentário aqui. Prefiro argumentar até convencer ou ser convencido.

    • Paulo Felix:

      E me referi às toxinas ingeridas, como as de alimentos estragados.
      Fiz outro comentário, mas ele não apareceu.
      140 é pouco.

    • Cesar Grossmann:

      “Não quer toxinas no corpo? Fique longe delas” é uma sugestão impossível. O corpo produz toxinas, normalmente, não tem como ficar longe.

    • Paulo Felix:

      Um alimento fora do prazo está cheio de toxinas. Se isso não é óbvio…
      Vamos fazer uma coisa.
      Não gaste meu tempo que eu não gasto o seu.

    • Cesar Grossmann:

      Paulo, Paulo, você lê e não entende ou não quer entender? Você não falou de “toxinas de alimentos”, e nem mesmo de “alimento fora do prazo”., você falou de “toxinas”, e “toxinas” é uma expressão muito vaga, já que tem toxinas que o próprio corpo, funcionando normalmente, produz (e é por isto que temos o fígado e o sistema excretor).

    • Paulo Felix:

      Cesar, Cesar… Esse assunto está encerrado. Você quer vencer um debate e eu quero aprender. É para isso que entro nesse site.

    • Cesar Grossmann:

      Então aprende, Paulo, é impossível manter distância de toxinas.

    • Paulo Felix:

      Aprenda. Eu entendo o que achar que devo entender. Não vai ser um suposto dono de todas as verdades que vai me dizer isso.
      Que coisa chata..

    • Cesar Grossmann:

      “Cesar, Cesar… Esse assunto está encerrado.”

  • Francisco Pucci:

    O texto está, a meu ver, absolutamente certo. O que me incomoda é que sempre a receita é a mesma, basta ser um ser “puro”. Que saco.

    • Jess James:

      “A gente só enxerga aquilo que nos convém, essa é a verdade. Ver e enxergar são verbos e coisas totalmente diferentes. O Cesar tem razão.

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