A aranha que usa sua teia para se catapultar e capturar presas: vídeo

Por , em 16.01.2014

Um novo vídeo chamou atenção online ao mostrar uma tática notável que uma pequena aranha usa para capturar insetos: sua teia serve como estilingue para arremessar a si mesma e sua teia na presa inocente.

A acrobacia bizarra da aranha foi notada primeiramente pelo estudante do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA) Troy Alexander, no Centro de Pesquisa Tambopata, na selva amazônica do Peru.

O aracnídeo minúsculo mede não mais do que 3 milímetros de largura e pertence à família Theridiosomatidae. Embora essa família tenha sido identificada cerca de 80 anos atrás, muito pouco se sabe sobre estas pequenas criaturas.

A equipe de pesquisa acredita que essa aranha em particular possa ser da espécie Naatlo splendida, mas ainda precisa coletar amostras para ter certeza, de acordo com Phil Torres da Universidade Rice (EUA), que documentou o comportamento do animal.

O minúsculo artrópode constrói uma teia bastante incomum, do tamanho da palma de uma mão humana. No meio, cria um cordão de seda que afixa a uma superfície próxima sólida, e puxa as pontas, de maneira que a teia adquire uma forma de cone.

Uma vez preparada a teia, a aranha espera até que uma presa se aproxime (os pesquisadores creem que ela sente as vibrações das batidas de asas dos insetos), e, em seguida, libera o cordão. “A teia voa, bem como aranha”, conta Jeff Cremer, o fotógrafo que capturou o movimento do animal.

De acordo com os cientistas, essa “locomoção estilingue” torna muito mais provável que a presa infeliz se enrosque na teia.
O ataque surpresa funciona porque a tensão desenvolvida na seda é o suficiente para lançar todo o conjunto (teia e aranha) em alta aceleração. A tática pode garantir a captura até mesmo de insetos voadores lentos, como mosquitos, uma das presas preferidas das aranhas.

A maioria das aranhas conta com a aderência de suas teias para prender insetos voadores, mas, em baixas velocidades, a força do impacto pode não ser suficiente para capturá-los. “Este método de arremessar a teia parece tornar muito mais provável que a presa se prenda, independentemente da velocidade de voo original da mesma”, disse Torres. [LiveScience]

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