10 promessas falsas de propagandas que custaram milhões às empresas

Por , em 9.06.2016

Você sabe que o Red Bull não te dá asas de verdade, verto? Ainda assim, a companhia já foi processada por propaganda falsa.

E não está sozinha. Muitas outras empresas foram enquadradas por tentar vender produtos que de fato não faziam o que elas juravam que faziam.

Elas passaram anos em tribunais e foram forçadas a pagar milhões de dólares para compensar suas afirmações enganosas. Confira:

10. Nutella

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A Nutella foi alvo de sérias denúncias em 2012. Em seus anúncios, a empresa alegava que seu produto era uma opção saudável para o café da manhã das crianças e tinha vários benefícios nutricionais, o que é basicamente o oposto da informação nutricional impressa no rótulo da embalagem.

Nutella na verdade contém mais de 20 gramas de açúcar e 11 gramas de gordura por porção. Uma mãe da Califórnia, nos EUA, processou a companhia afirmando que se sentiu enganada e vinha servindo o produto não saudável para o filho. A decisão acabou custando à Nutella mais de US$ 3 milhões. Além disso, a empresa foi condenada a reembolsar consumidores individuais que haviam comprado frascos do produto entre 2008 e 2012.

Por fim, a empresa precisou mudar seus anúncios e agora deve listar o teor de açúcar dos seus produtos na frente do frasco, em um esforço para ser mais transparente com o consumidor.

9. Hydroxycut

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Hydroxycut é um suplemento de perda de peso que prometia uma forma segura e fácil de perder os quilos extras a seus muitos consumidores. Porém, se provou muito perigoso. No início de 2000, vários processos foram abertos contra a empresa por efeitos colaterais de saúde causados pela efedrina, um dos principais ingredientes do Hydroxycut, proibido pela Administração de Drogas e Alimentos (FDA) americana em 2004. Descobriu-se que muitas das pessoas que tinham ingerido Hydroxycut sofreram sintomas convulsivos.

Em 2009, vários outros casos foram levados ao tribunal sobre diferentes riscos de saúde do consumo de Hydroxycut, incluindo icterícia, elevação das enzimas hepáticas e até mesmo morte devido a insuficiência hepática. A FDA ordenou um recall de todos os produtos da empresa em 2009. No final, a companhia concordou em pagar uma indenização de US$ 25,3 milhões.

8. Activia

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Dannon, a corporação multinacional que fabrica o Activia, foi acusada de fazer afirmações científicas falsas sobre os benefícios do seu produto em 2008. A empresa usou palavras como “clinicamente” e “cientificamente” em suas campanhas publicitárias, uma escolha de marketing que terminou em problemas financeiros graves.

A Dannon foi forçada a pagar US$ 35 milhões para os consumidores e mudar seus anúncios. A empresa já tinha gasto mais de US$ 100 milhões em publicidade – e ido tão longe quanto a cobrar os clientes mais caro por esse iogurte probiótico “cientificamente comprovado”.

Embora tenha aceitado o acordo, a empresa se recusou a admitir qualquer irregularidade.

7. Airborne

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Airborne é uma vitamina popular que atraiu clientes nos EUA com sua promessa de prevenir sintomas gripais, bem como evitar de pegar os vírus mais comuns da doença presentes em salas de aula, escritórios, aviões, etc. Mas não é um produto científico. Estas alegações foram feitas apenas pelo criador da vitamina, um professor de ensino fundamental.

Quando o caso sobre os supostos benefícios do Airborne foi levado à justiça, pesquisadores nomeados pelo tribunal mostraram que os comprimidos eram nada mais do que uma mistura de minerais, vitaminas e ervas. Logo após estes resultados serem divulgados pela mídia, Airborne começou a mudar seus anúncios e alterar a linguagem de sua embalagem, de “preventivo” para “impulsionador de imunização”. Isso porque quando a empresa alegou que o seu produto era capaz de prevenir a doença, o fez sem testes médicos ou científicos. No final, a Airborne foi forçada a pagar mais de US$ 23 milhões para encerrar o processo.

6. ExtenZe

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Este produto destina-se a esticar qualquer coisa – principalmente, você já imaginou, o membro masculino. O ExtenZe promete aos seus clientes do um prolongamento do pênis, mas não é de fato capaz de alterar a anatomia do órgão. Como resultado, o fabricante foi atingido com um belo processo por propaganda enganosa e forçado a pagar US$ 6 milhões em multas.

Hoje em dia, as pessoas ainda podem comprar ExtenZe, mas a empresa tem diminuído suas promessas sobre o desempenho do produto.

5. Classmates.com

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Existem muitas pessoas que querem revisitar os anos dourados e se reconectar com companheiros antigos de escola. Isso era exatamente o que Classmates.com queria permitir, uma plataforma americana que se destinava a ajudar as pessoas a encontrar antigos colegas, do jardim de infância à faculdade.

Não deu boa. Ao longo dos anos, a companhia foi processada mais de uma vez, especialmente por uma prática bastante cruel de predar financeiramente seus clientes mais solitários, alimentando falsas promessas de visualizações de perfil. Em 2008, uma ação coletiva foi movida contra a Classmates.com por atrair as pessoas para subscrições pagas, dizendo-lhes que ex-colegas estavam procurando por eles especificamente. A fim dos usuários se reconectarem com esses velhos amigos, eles tiveram que desembolsar US$ 15 para a versão premium.

No final, Classmates.com concordou em pagar US$ 9,5 milhões de indenização para os usuários, embora tenha negado qualquer irregularidade.

4. Red Bull

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Não é ético prometer coisas que não se pode fazer, como dar “asas” e a capacidade de “voar”.

Red Bull, a popular bebida energética, fez exatamente isso e precisou pagar uma indenização de US$ 13 milhões. Claro que ninguém estava realmente interpretando a propaganda literalmente. No entanto, o slogan da empresa sugeria fortemente que beber uma lata de Red Bull iria dar ao consumidor mais energia, clareza mental e aumento da concentração.

Quando nenhuma evidência clínica foi fornecida para apoiar estas alegações, a empresa foi condenada a reembolsar seus clientes em 2002.

3. Hyundai e Kia

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Quilometragem por gasolina e baixas emissões de carbono são dois fatores muito importantes nas mentes dos compradores de carro hoje. Assim, quando um cliente paga caro por seu novo veículo híbrido, ele certamente esperar obter o que lhe foi prometido.

Para Hyundai e Kia, essas promessas custaram gritantes US$ 100 milhões. O governo dos Estados Unidos e a California Air Resources Board foram atrás das corporações nos tribunais, por eles terem anunciado os resultados favoráveis, em vez dos resultados médios, sobre a quilometragem de seus veículos.

A Hyundai foi forçada a pagar US$ 58,6 milhões do total, e a Kia o restante. As marcas também perderam seus créditos de emissões de gases de efeito estufa, que valiam cerca de US$ 200 milhões. Devido à sua falsa propaganda sobre quilometragem, as companhias de carro foram responsáveis por colocar mais 4,75 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do que inicialmente se acreditava.

2. Skechers

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Se apenas um calçado pudesse deixá-lo mais tonificado, não? Seria incrível. E foi isso mesmo que um produto chamado Skechers prometeu. O modelo chamado “Shape-ups” é um sapato que pode (supostamente) deixar seus usuários em melhor forma física, ajudando-os a perder peso e reforçando seus músculos. A empresa chegou até a afirmar que o tênis poderia melhorar a saúde cardiovascular das pessoas.

Como se não bastassem todos esses “benefícios”, Skechers também contou com a ajuda de algumas celebridades bem conhecidas para vender suas mentiras, como Brooke Burke e Kim Kardashian. No final das contas, a empresa foi obrigada a pagar US$ 40 milhões em tribunal por conta de suas reivindicações exageradas.

1. Volkswagen

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Entre 2008 e o final de 2015, a Volkswagen vendeu mais de 550.000 carros falsamente chamados de “diesel limpo” – inclusive, eles trapacearam para passar em testes de “emissões limpas”. Os veículos manipulados fizeram os motoristas pensarem que estavam diminuindo o impacto negativo das emissões de carbono no meio ambiente, quando estavam na verdade emitindo 40 vezes mais óxido de nitrogênio do que o nível permitido.

Sendo assim, as autoridades norte-americanas e europeias deram início a investigações criminais contra a Volkswagen. Nenhum valor foi acordado ainda, mas a companhia já reservou cerca de US$ 18 bilhões para cobrir seus honorários legais. [Listverse]

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