7 hábitos dos melhores autodidatas
Histórias de indivíduos que abandonaram a educação tradicional e ainda venceram na vida são muito cativantes.
Bill Gates, Ellen DeGeneres, Anna Wintour, Henry Ford, John D. Rockefeller e muitos outros titãs não possuem diploma universitário, mas alcançaram uma fama e um nível de sucesso que poucos podem igualar.
Como fizeram isso? Eles são autodidatas.
Hoje em dia, a aprendizagem autodirigida é muitas vezes uma necessidade econômica. Novo conhecimento se acumula tão rapidamente e as indústrias mudam tanto que os caminhos tradicionais de educação nem sempre conseguem acompanhar o ritmo.
É provável que seu diploma esteja desatualizado antes mesmo que a tinta nele seque. Então, todos podemos nos beneficiar de um pouco de estudo por conta própria.
Se precisa de ajuda para despertar o autodidata dentro de si, confira sete hábitos compartilhados pelos melhores deles:
Tome a iniciativa
Malcolm Knowles foi um educador e defensor da educação de adultos (também conhecida como andragogia, a ciência de orientar adultos a aprender).
Ele descreveu a aprendizagem autodirigida como um processo “no qual os indivíduos tomam a iniciativa, com ou sem a ajuda de outros, diagnosticando suas necessidades de aprendizagem, formulando metas de aprendizagem, identificando recursos humanos e materiais para aprender, escolhendo e implementando estratégias apropriadas de aprendizagem e avaliando os resultados da aprendizagem”.
O primeiro passo é sempre tomar a iniciativa.
Como Salman Khan, fundador da Khan Academy, disse ao portal Big Think, autodidatismo não é muito diferente do ensino médio ou da faculdade. “Existe essa ilusão que é criada em nosso sistema de ensino clássico que alguém está ensinando a você. Na verdade, eles estão criando o contexto que você precisa para extrair informações e adquiri-las por conta própria”.
A diferença é que os autodidatas precisam criar esse contexto para si mesmos. E há muitas vantagens. A educação tradicional pode, inadvertidamente, limitar os estudantes com mentalidades de aprendizado fixas. Os alunos são naturalmente talentosos em uma disciplina ou não, e suas notas refletem isso.
Já um autodidata com uma mentalidade de aprendizado mais flexível, por outro lado, sabe que a melhoria é possível em diferentes campos, mesmo que não seja fácil.
Defina metas alcançáveis
Depois de tomar a iniciativa, você precisa definir metas. Caso contrário, as recompensas permanecerão sempre inatingíveis, e recompensas são necessárias para permanecer motivado.
Os melhores alunos autodirigidos sabem definir metas inteligentes. O que são metas inteligentes? Metas específicas, mensuráveis, orientadas para a ação, realistas e com uma duração adequada.
Preste muita atenção ao gerenciamento de tempo. A aprendizagem autodirigida é geralmente feita durante preciosos horários de folga. Ensinar-se a programar é ótimo. Tentar programar um game inteiro dentro de um ano é um pouco demais. Divida sua meta em objetivos alcançáveis, definindo tempo suficiente para cada um deles.
Evite metas vagas e irrelevantes, e atrasos no cronograma.
Regra de cinco horas de Benjamin Franklin
Benjamin Franklin foi um autor, estadista, inventor e empresário americano. Embora tenha abandonado a escola aos 10 anos, acumulou conhecimento suficiente para ter sucesso em vários ofícios diferentes.
Como? Ele reservava uma hora por dia, todos os dias da semana, para o aprendizado autodirigido. Isso incluía ler, escrever, refletir ou planejar experimentos.
Michael Simmons, autor de “Securities Operations” e diversos outros livros sobre negócios e temas variados, chama isso de “a regra de cinco horas de Franklin”. Muitos dos melhores autodidatas usam alguma forma do método. Bill Gates lê cerca de um livro por semana, enquanto Arthur Blank lê duas horas por dia.
De qualquer maneira, é bom espalhar essas cinco horas ao longo da semana. Seu cérebro não foi projetado para longas sessões de aprendizado, de forma que tentar espremer uma semana de conteúdo em um dia vai te fazer esquecer boa parte dele. As redes neurais dos nossos cérebros precisam processar as informações com tempo, de modo que espaçar a aprendizagem nos ajuda a memorizar materiais difíceis com mais eficiência.
Aprendizado ativo
Salman Kahn criou a Kahn Academy para possibilitar a seus alunos um envolvimento ativo nos exercícios.
O chamado aprendizado ativo ajuda as pessoas a entender melhor o material e saber quando aplicar suas habilidades.
É fácil se envolver ativamente com problemas de jardinagem ou matemática, mas e quanto a assuntos como história, em que a participação ocorre principalmente através da leitura de livros?
Bill Gates tem uma solução para isso. Ele usa anotações nas margens de um livro para transformar a leitura em uma conversa vibrante com o autor.
“Quando você está lendo, precisa ter cuidado para se concentrar”, Gates contou ao portal Quartz. “Particularmente, se não for um livro de ficção, você está pegando o novo conhecimento e anexando-o ao conhecimento que possui. Para mim, fazer anotações me ajuda a ter certeza de que estou realmente pensando no que estou lendo”.
Priorize (a regra 80/20)
No início do século 20, o economista italiano Vilfredo Pareto notou que 20% da população da Itália possuía 80% de suas terras. Sua análise foi posteriormente expandida na formulação do princípio de Pareto, também conhecido como a regra 80/20.
Essa regra afirma que 80% dos seus resultados serão provenientes de 20% de suas ações.
Os melhores autodidatas usam essa regra para priorizar o tempo de estudo. Eles se concentram nos 20% que irão gerar mais resultados.
Por exemplo, se uma pessoa quiser aprender a fazer crochê, não precisará entender muito nem a história dos têxteis primitivos para isso, por mais fascinante que ela seja. É melhor investir mais tempo de aprendizado em aplicações práticas.
Visite a biblioteca
Esta dica talvez não se aplique a alunos com muitos recursos financeiros, mas, para a maioria de nós, limites monetários podem interferir em nossa capacidade de acumular novos conhecimentos.
Nem sempre você poderá arcar com um curso caro, mas sempre poderá visitar uma biblioteca. Uma boa biblioteca tem livros sobre qualquer assunto e acesso a uma série de recursos online, além de poder conectá-lo a profissionais ou grupos de interesse.
Autor de “Fahrenheit 451”, Ray Bradbury não tinha condições de frequentar a faculdade e, em vez disso, visitava uma biblioteca local três vezes por semana. Com essa atitude, se tornou um dos escritores mais célebres do século XXI.
Crie sua própria motivação
O caminho da educação tradicional lhe dá uma motivação clara: tirar uma boa nota para passar de ano, e depois conseguir um bom emprego. A aprendizagem autodirigida não fornece motivação clara; é você quem a cria.
O empreendedor Mark Cuban aconselha as pessoas a nunca pararem de aprender. O bilionário de quase 60 anos atualmente está se ensinando a programar em Python. Sua razão? Ele acredita que o primeiro trilionário do mundo fará fortuna com inteligência artificial e não quer ficar para trás.
É claro que sua motivação não precisa ser fundar o próximo empreendimento de um milhão de dólares. Pode ser tão simples quanto expandir sua educação para o autodesenvolvimento, aprender um novo conjunto de habilidades para avançar em seu campo ou simplesmente ler um livro para compartilhar conversas com outras pessoas.
Seja qual for o caso, a motivação precisa vir de você. [BigThink]
1 comentário
É fantastico!