Prova com consulta no Google pode, professor?

Por , em 3.05.2015
Hand completing a multiple choice exam.

Hand completing a multiple choice exam.

Mark Dawe, chefe de uma comissão de exames públicos estadunidense, disse ao programa Today da BBC dessa semana, que num futuro não muito distante será permitida a utilização da Internet como forma de consulta durante a maioria dos testes e exames aplicados pelas escolas públicas, refletindo uma nova tendência pedagógica que influenciaria na forma como as pessoas aprenderão no futuro.

Em seu entendimento o estudante seria avaliado em sua capacidade de pesquisa haja vista que teria um tempo limitado para fazer as buscas dentro de uma mesma base de dados.

Evidentemente os defensores dos métodos de ensino corrente condenaram a ideia taxando-a como uma nova contribuição para o processo de “emburrecimento” dos estudantes.

No entanto Marke Dawe insiste: “Atualmente todo mundo já usa o Google quando se depara com alguma questão ou dúvida”— preconizando que no mundo de hoje o mais importante é compreender a informação e como fazer um bom uso da mesma, do que simplesmente memorizá-la.

Ele comparou a ideia, do uso da Internet como fonte de consulta, a uma prática já incorporada no ensino tradicional:  “a velha prova com consulta”.

Nesse tipo de avaliação a base de dados é encontrada nos livros que o estudante leva para consultar durante a prova.

Geralmente uma prova desse tipo é formulada por outro viés, que não o “conteudista” tendo em conta que o tempo para a consulta dos livros é limitado e se o assunto não foi estudado e nem aprendido a simples consulta não resolverá a prova.

É evidente que isso depende de como a prova foi elaborada.

Um dos exemplos mais eloquentes são alguns exames nas faculdades de direito (e até programas de seleção de advogados para emprego) onde é autorizado o uso de certos materiais de consulta, tais como a respectiva codificação jurídica do tema do exame, etc.

Na proposta de Dawe, provas sem consulta continuariam a existir – com seus objetivos tradicionais bem alinhados tentando avaliar o que o estudante aprendeu.

Nos exames com consulta pela internet uma das habilidades avaliadas seria a da compreensão das ferramentas de busca que tem disponíveis e como utilizá-las de forma eficiente e eficaz.

Também seria avaliada a capacidade de interpretação, ou seja, a habilidade de transformar a informação em entendimento.

Um dos ferrenhos opositores à proposta de Dawe é Chris McGovern líder da “Campanha para a Educação Real” movimento que defende o ensino em sua forma mais tradicional.

Na opinião de McGovern a proposta de Dawe pode enfraquecer ainda mais o ensino nos EUA que já está deficitário quando comparado à Europa e mesmo à China (bem como a qualidade de ensino em outros países emergentes).

E você leitor: – é favor ou contra?

Artigo de Mustafá Ali Kanso 

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Trata-se de uma coletânea de contos do escritor e professor paranaense Mustafá Ali Kanso (premiado em 2004 com o primeiro lugar pelo conto “Propriedade Intelectual” e o sexto lugar pelo conto “A Teoria” (Singularis Verita) no II Concurso Nacional de Contos promovido pela revista Scarium).

Publicado em 2011 pela Editora Multifoco, A Cor da Tempestade já está em sua 2ª edição – tendo sido a obra mais vendida no MEGACON 2014 (encontro da comunidade nerd, geek, otaku, de ficção científica, fantasia e terror fantástico) ocorrido em 5 de julho, na cidade de Curitiba.

Entre os contos publicados nessa coletânea destacam-se: “Herdeiro dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere” que juntamente com obras de Clarice Lispector foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”

Prefaciada pelo renomado escritor e cineasta brasileiro André Carneiro, esta obra não é apenas fruto da imaginação fértil do autor, trata-se também de uma mostra do ser humano em suas várias faces; uma viagem que permeia dois mundos surreais e desconhecidos – aquele que há dentro e o que há fora de nós.

Em sua obra, Mustafá Ali Kanso contempla o leitor com uma literatura de linguagem simples e acessível a todos os públicos.

É possível sentir-se como um espectador numa sala reservada, testemunha ocular de algo maravilhoso e até mesmo uma personagem parte do enredo.

A ficção mistura-se com a realidade rotineira de modo que o improvável parece perfeitamente possível.

Ao leitor um conselho: ao abrir as páginas deste livro, esteja atento a todo e qualquer detalhe; você irá se surpreender ao descobrir o significado da cor da tempestade.

[Sinopse escrita por Núrya Ramos  em seu blogue Oráculo de Cassandra]

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