Achado raro: ninho de dinossauro abandonado com ovos

Por , em 5.08.2013

Enormes dinossauros carnívoros que espreitavam uma vasta planície inundada cerca de 150 milhões de anos atrás no que hoje é Portugal deixaram para trás rastros de sua prole: cascas de ovos. Alguns dos ovos, que pertenciam a dois terópodes jurássicos, um grupo de dinossauros carnívoros, abrigaram uma vez embriões de Torvosaurus, o maior predador de sua época, com em média 10 metros de comprimento e pesando 5 toneladas.

“Foi equivalente ao T. rex no Cretáceo”, disse o coautor do estudo Vasco Ribeiro, um paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.

Ribeiro e seus colegas não tem certeza de como os ovos foram abandonados.

Cuidado, frágil!

Por serem muito delicados, ovos de dinossauro são relativamente raros. Os paleontólogos descobriram alguns dos embriões de Torvosaurus mais primitivos já encontrados no início deste ano, incluindo um punhado de centenas de fragmentos de ovos de dinossauros encontrados na Espanha.

Ribeiro e seus colegas descobriram os fragmentos de casca de ovo em dois locais distintos, os quais faziam parte da Formação Lourinhã, uma formação geológica conhecida por seus ricos ninhos de dinossauros jurássicos. Durante esse período, a área era uma planície inundada com ciclos de estações secas e chuvas de monção.

As cascas encontradas no sítio eram de ovos esféricos de cerca de 15 centímetros de diâmetro, e provavelmente pertenciam a um Torvosaurus. Já os ovos do outro sítio eram mais difíceis de identificar. Mas os pesquisadores acreditam que podem ter contido embriões de Lourinhanosaurus antunesi, outro terópode que chega a 4 metros e meio de comprimento quando adulto.

Negligenciados ou protegidos?

Os pesquisadores não sabem exatamente como ou porque os ovos foram abandonados.

Uma possibilidade é que os carnívoros antigos colocavam muitos ovos e simplesmente os deixavam a própria sorte. Já outros pesquisadores afirmam que esses dinossauros, assim como os crocodilos, eram pais atentos durante o desenvolvimento embrionário, protegendo suas crias dos predadores.

De qualquer maneira, uma vez que os filhotes surgiam da casca, provavelmente já sabiam se virar por conta própria. “Nós não temos nenhuma evidência de que a mãe dinossauro levava comida para o ninho ou o protegia”, diz Ribeiro. [livescience]

11 comentários

  • Alisson Davi:

    A principal pergunta aqui é se é possivel retirar DNA desses ovos????

  • Je:

    Esse ninho é da mesma época do celacanto o qual é encontrado até hoje. Muito interessante espécies de mesmo período.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Je, Sei o que quer sugerir: duvidar da datação paleontológica e levar a discussão pro lado do criacionismo.

      1 – O celacanto é da era Paleozoica, 416 milhões e 359 milhões, muito mais antigo que os dinossauros, da era mesozoica. Você não tem nem noção do que está falando – não mais sei quantas criacionites ouvi pegando o exemplo do celacanto – uma falta de conhecimento, a evolução não implica em desaparecimento de espécies antigas, o exemplo não serve pra nada;

      2 – Encontrado até hoje; SIM, e os dinossauros, NÃO – é apenas criptozoologia.

      3 – E se encontrássemos dinossauros? E DAÍ? encontramos tubarões e crocodilos hoje, eles conviveram com dinossauros e ainda andam por aí, como campeões de sobrevivência avançaram por milhões de anos sem grandes modificações evolutivas – hora outras criaturas avançaram por bilhões, as mais simples, unicelulares. Você acha que as espécies antigas têm que desaparecer conforme alguns descendentes evoluem pra outras formas? NÃO, isso acontece muitas vezes, mas não é uma regra.

      4 – Dinossauros ainda existem de uma forma específica, na forma dos seus descendentes: as aves, mais precisamente descendentes dos terópodes, reconhecidos oficialmente pela paleontologia.

    • Je:

      Jonas, entenda eu sei disso que o celacanto é muito mais antigo, só disse que viveram na mesma epoca pois na ordem decrescente ele ainda vivia (o celacanto) onde passou pela mesma epoca desses ovos tratados na matéria.É isso que quiz dizer.
      E vive até hoje o celacanto.
      E quem disse que eu duvido de dinossauros e sua existência até hoje?
      Em nenhum momento escrevi isso, você que não sabe o que está escrevendo.
      É isso.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Na primeira ok, você falou certo então, eu realmente achei que tinhas dito que celacanto e os dinossauros eram especificamente da mesma “era”, mas se teu raciocínio seguiu a “convivência em tempo”, aí sim, está certo.
      A segunda parte eu não entendi em que ficou na dúvida:
      “E quem disse que eu duvido de dinossauros e sua existência até hoje?”
      Eu não disse isso, o que eu disse foi o contrário *você acreditaria em homens e dinossauros CONVIVENDO -, e assim a paleontologia está errada nos milhões de anos que calcula e a vida teria o tempo dos 6.000 anos descritos no criacionismo de terra nova… Ou seja, uma negação de fatos científicos.

      Agora, falar no celacanto não desconsidero, é uma tetra criacionista já gasta – terão que fazer melhor.

  • Nysp:

    Só pra ajudar a desmistificar uma teoria que, provavelmente, alguém teria de realizar a suposta clonagem como na série de filme e livros de Jurassic Park: isso não é possível! O DNA não permanece intacto depois de alguns poucos milhares de anos, portanto, clonar dinossauros com a tecnologia disponível hoje é impossível, mesmo achando ovos bem “conservados” (mas petrificados, hehe).

    • Je:

      Nysp, essas contagens não são exatas mas aproximadas, e não descarto a hipótese de dinossauros entre nós o que é provável que seja marinho.
      É isso.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Entre nós só a conspiração dos reptilianos querendo dominar o mundo…
      🙂
      Marinhos tem o mítico monstro do Lago Ness, suas versões canadenses e africanas – mas esse da reportagem não é, é uma descoberta real, um bípede carnossauro de grande porte – lembrando que carnossauro é um termo informal, referido aos terópodes grandes e carnívoros, como o T-Rex, o Alossauro…
      Embora eu seja nativamente cético, acho a criptozoologia fascinante, tal qual a ufologia – uma atração natural pelo mistério.
      Contagens, não exatas, mas a margem de erro é pífia em relação ao tempo estabelecido – séculos ou milênios no máximo, perante milhões de anos – logo, no máximo um diante mais de mil.

    • Je:

      Como comentei acima não duvido, agora se é reptiliano ou não isso é uma outra conversa.
      Quanto a cronologia, se a margem de erro é pífia em que margem de percentagem? Esse erro pífio se enquadra?
      É isso.

    • Jonatas Almeida da Silva:

      O repitiliano já é personagem tão popular quanto os grays, foi mais uma brincadeira recorrendo ao “entre nós”…
      a porcentagem é pífia em relação a um milhão de anos. Dinossauro de 65 milhões +/- atiro uns 2.000 anos, qual a importância? é um tempo grande pra gente *o tempo do cristianismo*, mas pra geologia, paleontologia, os 65 milhões de anos do dinossauro… insignificante. Lembrando que tudo depende de cada descoberta, maior aproximação ou menor dada o estado de conservação do achado, mas sempre numa margem média inferior a 1% (ainda pesquisando, não sei ao certo, mas sei que é pequena). Lembrando que dados de criaturas mais recentes, como os mamutes, já são bem mais exatos.
      Mas como eu disse outrora no exemplo dos crocodilos e das aves, achar dinossauros vivos no congo não invalidaria a TE em absolutamente nada, e tem dinossauros ciscando no quintal aqui dos fundos. 😀

    • Jonatas Almeida da Silva:

      Aqui:
      Uma apresentação sobre as datações geológicas.
      Bem legal, simples mas bem didática.

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