Aquecimento do planeta desloca espécies de seus habitats naturais
Se você não aguenta o calor, escolha outro lugar para viver. Essa afirmação parece negativa e impositiva, mas é exatamente isso que muitas espécies de animais e plantas estão fazendo. O aquecimento de nosso planeta está expulsando diversas espécies de seus habitats, fazendo com que elas se desloquem em uma velocidade sem precedentes.
Pesquisadores analisaram estudos prévios para determinar o quão longe mais de 2 mil espécies de todo o globo haviam se desviado de seus habitats nativos. O resultado assusta.
Todos os tipos de espécies estudadas estavam se movendo em direção aos pólos em uma taxa média de 20 centímetros por hora, ou 17,6 quilômetros por década. Espécies isoladas estão se movendo para cima em uma média de 12,2 metros por década. Essas estimativas representam três vezes mais do que as medidas anteriores.
O rápido deslocamento das espécies é uma resposta a rapidez com que a temperatura está mudando em diversos lugares. Em algumas áreas em que o aumento da temperatura foi maior, os pesquisadores observaram que as espécies estavam se movendo mais rápido e para mais longe.
As mudanças na vida das espécies, entretanto, não são uniformes. Enquanto algumas estão fugindo do calor, outras estão se mudando para as áreas mais quentes. Os motivos dessas alterações não envolvem somente o aumento da temperatura global, mas também o fato dos habitats estarem sendo destruídos por diversos fatores, como o desmatamento e a agricultura.
Essa fragmentação de habitats pode ser extremamente prejudicial. Isso porque a mudança de predadores, presas e polinizadores (para as plantas) de um local também influencia a capacidade das espécies conseguirem sobreviver em qualquer habitat específico. Se uma espécie não consegue encontrar um ambiente habitável em tempo, ela fica presa onde está até que as mudanças climáticas a levem à extinção.
Mover-se para um novo habitat é uma resposta clara à mudança climática. Já há evidências, inclusive, de que muitas espécies estão mudando evolutivamente em resposta ao clima – não só adaptações pelas condições físicas, mas também para competir com novas espécies.
Essas mudanças e adaptações têm impacto direto na conservação. O desafio de proteger as espécies se torna ainda mais difícil, e tentar mantê-las nos mesmos locais de sempre pode ser uma tarefa que possivelmente falhará. [LiveScience]
4 comentários
Uma interessante solução seria reduzir a temperatura corporal de um modo que ficasse natural ao ser humano sobreviver em um ambiente mais quente. Existem muitos animais adaptados desta forma e porque não pensarmos em fazer isto com o Homem?
Dou esta ideia mas continuo persistindo no controle radical da natalidade como forma de reduzir a população humana a níveis civilizados. Sete bilhões de pessoas é demais; imaginem daqui a 20 ou 30 anos quanto haveria aumentado este número? E as consequências?
Os animais não merecem isso.
Adoraria ir para um lugar mais quente agora: 14º em São Paulo.
E o que dizer aqui do sul? 0° e muita chuva. isso que semana passada chegou aos 30 graus aqui.