Bactérias podem ter causado a maior extinção mundial já registrada
Entre 250 e 252 milhões de anos atrás, cerca de 96% da vida oceânica e 70% da vida terrestre pereceram em um dos eventos de extinção mais impressionantes da história, que marcou a transição entre o Permiano e o Triássico.
O motivo de tanta vida morrendo ainda não foi bem esclarecido. Existem algumas hipóteses, como, por exemplo, um impacto de meteorito igual ao que matou os dinossauros, ou então uma erupção gigantesca de um vulcão, ou até envenenamento maciço do oceano, ou ainda uma gigantesca liberação de metano.
Alguns pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, nos EUA) acreditam, no entanto, que pode ter sido uma combinação de todos estes fatores – e a chave para essa mistura é uma bactéria capaz de consumir níquel e produzir metano.
A hipótese de Daniel Rothman e seus colegas começa com a atividade vulcânica nas Províncias Vulcânicas Siberianas, no norte da Rússia, produzindo imensas quantidades de níquel, mais ou menos no período do final do Permiano.
As erupções também jogaram imensas quantias de cinza e poeira na atmosfera, tornando os vulcões culpados de alterar drasticamente a atmosfera. Mas o golpe final veio quando a lava rica em níquel chegou ao oceano, onde a bactéria metanosarcina estava esperando.
Segundo análises genéticas, cerca de 252 milhões de anos atrás esta bactéria adquiriu a capacidade de processar o níquel. O excesso de níquel acabou produzindo um salto na sua população, que por sua vez produziu montanhas de metano, além de acabar com o oxigênio dos oceanos.
Depois de toda a mortandade, as bactérias e algas remanescentes consumiram todos os recursos disponíveis, tornando uma possível recuperação ainda mais difícil.
Mas esta hipótese tem alguns problemas. Por exemplo, não está bem claro como o níquel teria chegado aos oceanos. O que nos resta é esperar por mais capítulos desse mistério. [LiveScience, PopSci]
5 comentários
A próxima bactéria a acabar com a humanidade – cujo processo já se encontra em curso, a saber – tem dois pés para arrasar, duas mãos para devastar e uma cabeça oca bastante usada para ajuntar “Pediculus humanus”. Alguém para acertar a charadinha, por favor?
Daqui alguns milhões de anos os novos habitantes da Terra (robôs) estarão publicando em sua rede que nessa época um vírus chamado homo-sapiens conseguiu extinguir mais de 90% de toda vida na Terra.
Pode ter sido também incidência de raios gama. Veja como no blog: “Olhando o Universo”.
Imagino como seria a fauna e flora do mundo hoje caso extinções como esta não tivessem ocorrido… Conseguem imaginar uma biodiversidade vezes e vezes maior do que a que já existe?!
Tá mais e os dinossauros isso seria um problema.