Cãozinho tem rabo na testa, e todos querem adotá-lo

Por , em 15.11.2019

O abrigo para cães Mac’s Mission, no estado americano de Missouri, está acostumado a receber animais com necessidades especiais. Desde a abertura do local em 2011 já passaram por ali cachorros com cinco pernas, com coluna bifída e outros problemas.

Mas esta é a primeira vez que chega ali um cachorro com uma cauda crescendo na testa. O filhote sem raça definida de dez semanas foi batizado de Narval, em referência à baleia do Ártico que tem um chifre na testa.

O filhote foi encontrado na companhia de um cão macho adulto na zona rural do estado. Ele foi examinado pelo veterinário Brian Heuring, que atua na área há 16 anos e nunca viu um animal como Narval.

O veterinário explica que o rabo facial é provavelmente um defeito congênito. Os defeitos de formação mais comuns em cães são a fenda palatina e dedos extras, normalmente por conta de fatores ambientais que a mãe dos filhotes pode ter enfrentado, como contato com toxinas. “A realidade é que muitas vezes não sabemos o que causa isso e provavelmente nunca vamos saber”, concluiu ele em entrevista ao USA Today.

Heuring afirma que não há necessidade de remover o rabo da testa de Narval, já que não há nenhum osso ou conexão com o crânio.

O rabo extra de Narval não tem ossos e não tem conexão com o crânio

Isso responde à pergunta que muitas pessoas fazem quando conhecem Narval: “o rabo da cabeça balança quando ele está feliz?”. Não, o rabinho não tem movimentação voluntária. A cauda extra tem um terço do tamanho do rabo que é extensão da coluna.

O filhote adora mastigar cadarços de sapatos, correr e brincar, comportando-se como a maioria dos outros filhotes.

A fundadora do abrigo, Rochelle Steffen, diz que Narval tem sido chamado de “filhote unicórnio mágico”, e que cerca de 70 interessados se apresentaram pedindo para adotá-lo, apesar de o filhote ainda não estar disponível para adoção.

O abrigo pretende acompanhar o desenvolvimento do filhote pelos próximos meses, para ter certeza de que ele não vai apresentar nenhum outro problema. Apenas então ele poderá ser colocado para adoção, e seus tutores terão que garantir que não vão remover a cauda extra.

“Só por que ele é diferente não significa que temos que remover a diferença. Você precisa aceitar o fato de que ele é especial. Ele chegou até aqui por um motivo. Não sabemos qual é esse motivo, mas ele é incrível do jeitinho que ele é”, defende Steffen.

O filhote possivelmente será treinado como cão terapeuta para frequentar escolas e hospitais para mostrar que é normal ser diferente. [USA Today, BBC]

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