Cientistas americanos criam nuvem de diamantes

Por , em 10.05.2011

Um tipo de “nuvem congelada” de diamantes, criada por cientistas americanos, poderia ser usada em equipamentos eletrônicos e sensores para o corpo humano ou até no espaço. Esta substância é chamada de “aerogel” e é o sólido mais leve do mundo, chegando a ser formado 99,8% por ar. Sua aparência nebulosa deu a ele esse apelido, mas este sólido é surpreendentemente forte, podendo aguentar milhares de vezes o seu peso.

Um aerogel é derivado de um gel cujo componente líquido foi retirado e substituído por um gás, deixando para trás um entrelaçamento sólido de pequeninas pérolas. Estes materiais esponjosos geralmente têm excelentes qualidades isolantes térmicas, acústicas e elétricas. Além disso, a maior área de superfície destes poros pode ser muito útil para sensores, que precisam do maior número de áreas de superfície para detectar seu alvo.

Para criar o aerogel de diamante, cientistas dos Laboratórios Nacionais do Departamento de Energia dos Estados Unidos começaram com uma substância precursora feita de carbonos regulares, cujos poros foram cobertos de neon para evitar que entrassem em colapso. Em seguida eles emitiram uma rajada de laser e a sujeitaram a altas pressões em uma célula alinhada como diamante. Esta combinação de temperatura pressão extremas transformou o carbono do aerogel em diamante cristalino.

“Nós criamos a forma menos densa de diamante do mundo”, disse o cientista de materiais Peter Pauzauskie. Diferentemente das outras formas de diamante, o aerogel poderia “ser moldado de maneira semelhante ao plástico”. Este novo material tem a densidade aproximada de 40 miligramas por centímetro cúbico, oito vezes menos denso que a cortiça, e cerca de 40 vezes menos denso que o ar. Os diamantes microscópicos que compõe o material tem tamanho de 2,5 até 100 nanômetros (ou bilionésimos de metro).

Diamantes podem emitir elétron de maneira eficiente, podendo ser muito útil na produção de painéis e monitores de tela plana. Segundo Pauzauskie, outra aplicação seria em computadores quânticos, pois, “estas máquinas exploram as mais estranhas propriedades de materiais em nível molecular ou em dimensões ainda menores para realizar suas funções de maneira mais rápida que os computadores convencionais”.

Ele poderá ser utilizado em humanos, diferente dos aerogéis tradicionais, feitos de sílica. “Os diamantes são mais biocompatíveis que o vidro, assim, se tornam candidatos melhores para transplantes humanos”, disse Pauzauskie. Outra vantagem é que eles são mais resistentes a ácidos e altas temperaturas, ou seja, poderão ser utilizados em ambientes extremos, como no espaço. [LiveScience]

6 comentários

  • matheus:

    eu sempre estou disendo:
    os humanos so fazem tudo para eles e nao para o meio hambiente.

  • Mister_X:

    TnT:

    O Pó de diamante é um fenômeno meteorológico e raro, acontece com mais frequência nos pólos, ele é relacionado com frio extremo, acontece quando a temperatura é tão baixa que a umidade do ar congela e vai caindo em direção ao solo, devido a luz do sol que reflete nesses minusculos cristais de gelo, tem-se a impressão de que são diamantes, mais parecido com pó de diamante, daí o nome.

  • TnT:

    Isso me lembra do cavaleiro do Zodiaco Ioga. Que dinha um golpe pó de diamente.

  • José Calasans:

    Pois é,os diamantes não são só belos,tém outras qualidades.

  • Hugo:

    Ola, mto interessante! Parabens pelo blog e reportagens! Só uma pequena correção: o material é 40x MAIS denso que o ar (ou ele seria a nova opção de Hélio para nossos balões levitarem).

    • Bruno D:

      Concordo, se o aerogel de diamante fosse menos denso que o ar, nesse momento ele poderia estar flutuando acima da troposfera.

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