Cientistas criam material superfino dez vezes mais resistente que o aço

Por , em 29.04.2011
Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Sydney, Austrália, criaram um novo material que é menos denso, mais leve, resistente e forte do que o aço. Mas esta não é mais uma daquelas descobertas sensacionais que acabam ficando no papel. Até porque É papel. Feito de grafeno, material encontrado no grafite e em outros compostos de carbono, a novidade pode ser um divisor de águas na ciência dos materiais se conseguir atender às expectativas dos investigadores.

Este papel de grafeno é constituído por grafite alterado, por processos químicos, em monocamadas hexagonais empilhadas – tão finas quanto uma folha de papel, porém incrivelmente fortes. A universidade de Sydney publicou um comunicado à imprensa sobre as características únicas do material desenvolvido:

“Comparado com o aço, o papel de grafeno é seis vezes mais leve, de cinco a seis vezes menos denso, duas vezes mais duro, com dez vezes maior resistência à tração e 13 vezes maior rigidez à flexão.

Este é um salto enorme em termos de resistência dos materiais em geral (além de, como o papel, ser flexível). Além disso, por ser feito de grafeno, possui ainda algumas propriedades interessantes elétricas, térmicas e mecânicas.

O melhor de tudo, porém, talvez seja o fato de que o papel de grafeno não é escandalosamente difícil ou caro de ser fabricado, e, por isso, poderia ter grandes implicações para as indústrias aeronáutica e automóvel, onde os fabricantes já estão se voltando para materiais de fibra de carbono – como é o caso – para reduzir o peso e, assim, aumentar a economia de combustível. [PopSci]

16 comentários

  • Luiz:

    Ardilênio o cidadão não militar também tem direito de não morrer a bala, então colete pra todo brasileiro.

  • Rodrigo Paim:

    Esse material pode revolucionar basicamente tudo, a indústria de automóveis, aeronáutica, naval, construção civil e a indústria bélica.

  • Davi Mrt:

    isso é uma boa envenção, mais teveria ser mantida em segurança, por poder ser usada para fazer armas e armaduras terrivelmentes perigosas

  • Cesar:

    Será que dá para criar os cabos para sustentar o elevador espacial usando este grafeno?

    • Glauco:

      Elevadores espaciais não funcionam pelo seguinte:
      1-) Um foguete só entra em órbita devido ao seu vôo em curva. Se um foguete voasse em trajetória retilínea para cima, iria perder propulsão e cair do jeito q subiu. Mesmo um elevador nuclear iria ter o mesmo problema: o único jeito era fazer um elevador que subisse em curva.
      2-) Se vc esticar um fio atravessando a atmosfera até o espaço, vai descarregar o Capacitor Local da Terra e conseguir uma bela explosão.

      A pouco tempo atrás a NASA planejou uma forma diferente de conseguir energia elétrica para suas estações espaciais: deixar um fio correr pelo campo magnético da Terra, conseguindo assim uma certa quantidade de energia elétrica à partir desse cabo. Me lembro quando eles tiveram a idéia lá no meio da década de 90, foi até publicado em várias revistas como uma ótima solução. Essa idéia foi discutida numa das reuniões de geofísica americanas, e o James McCanney avisou que isso seria muito perigoso. Claro que não ouviram ele, como sempre.

      Depois de todos os preparativos técnicos, durante uma viagem espacial, fizeram o teste: lançaram o cabo pelo ônibus em direção à Terra e ficaram esperando a coleta da energia. Menos de cem metros depois, esse cabo descarregou o Capacitor Local da Terra – coisa que os astrônomos desconhecem -, e gerou uma pequena explosão, botando os tripulantes em grande risco.

      A mesma coisa ocorreria num cabo que se extendesse desde as altas regiões da atmosfera até a Terra.

    • don:

      Glauco, o que seria (é) o Capacitador Local da Terra?

      pode responder pelo meu blog? (eu nao checarei mais este link)

  • Ardilênio:

    Otima descoberta, deveria usa-lo para fazer colete a prova de bala para policiais.

  • Guilherme Euripedes:

    Parece absurdamente bom. Mas como pode ser “13 vezes maior rigidez à flexão” e ainda sim flexível?

    • Ciro:

      aluminio é extremamente rigido… pegue um fio de aluminio e vc n tem dificuldade nenhuma de dobrá-lo
      (exemplo)

    • Túlio:

      Observe que está escrito rigidex à FLEXÃO e não puramente rigidez…

    • Mateus:

      Rigidez à flexão não tem nada a ver com flexibilidade. Significa que ele suporta uma carga muito alta em flexão antes de romper.

  • eduardo:

    Já imagino suits como a do homem de ferro sendo feitas a partir desse material….

  • Glauco:

    Maluco.

    Mas se parece tanto com papel, não parece que dá prá usar como carroceria de carro. Afinal, carrocerias são rígidas.

    Mas me lembro de um projeto de carros futuristas que vi no Discovery um ano atrás, onde um dos projetos era um carro “fofinho” extremamente resistente e não tão perigoso para pedestres atropelados.

    Se usassem esse material e enchesse ele de ar igual plástico-bolha por toda a extensão do carro, talvez consigam concretizar o projeto.

    • Hugo S:

      Qualquer estrutura seria feita com camadas sucessivas unidas por resinas te alcançar a espesura e resistência necessárias.

    • Glauco:

      Só…

  • yagor ribeiro:

    Muito bom, tomara que apliquem esta tecnologia no setor de automoveis eletricos. Eu estou apostando muitas fichas nesse segmento.

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