Cientistas detectam tsunami japonês por radar, dando pistas para alertas precoces
Segundo um novo estudo, o tsunami japonês de 11 de março foi pego por um radar de alta frequência na Califórnia e no Japão, uma vez que varreu pelas suas costas. Esta é a primeira vez que um tsunami foi observado por radar, levantando a possibilidade de novos sistemas de alerta precoces.
Os pesquisadores americanos usaram uma matriz de radar de alta frequência em seu laboratório para estudar correntes oceânicas nos últimos 10 anos. Juntamente com colaboradores japoneses, os cientistas usaram dados de radares em dois locais da Califórnia e dois do Japão para observar o tsunami.
A detecção por radar é apenas o estudo mais recente de uma série de novas formas de observação do terremoto e do tsunami que se seguiu no Japão. Por exemplo, imagens de satélite do tsunami mostraram que ele foi tão poderoso que quebrou icebergs enormes milhares de quilômetros de distância do seu epicentro, na Antártida. Os cientistas também descobriram que o terremoto “sacudiu” até a atmosfera superior do planeta.
Na nova pesquisa, os cientistas notaram que o radar é capaz de “pegar” não a onda real do tsunami, que é pequena em altura enquanto no mar, mas as mudanças nas correntes oceânicas conforme essa onda passa.
Os pesquisadores descobriram que podiam ver o tsunami quando ele entrava em águas costeiras rasas, sobre a plataforma continental. Conforme as ondas entram em água mais rasa, elas diminuem a velocidade e o comprimento, e aumentam a altura, até que finalmente atingem a costa.
A plataforma continental ao largo da Califórnia é bastante estreita, e qualquer aproximação da costa já é bem monitorada por medidores de pressão.
Porém, os pesquisadores dizem que essa descoberta e a consequente detecção por radar pode ser útil, por exemplo, na Costa Leste ou no Sudeste Asiático, onde há grandes extensões de mares rasos.[OurAmazingPlanet]