Cientistas vão instalar sensores ultra resistentes dentro de vulcões
A ciência ainda está buscando meios mais eficientes para se detectar e prevenir as pessoas sobre vulcões em erupção. Um novo avanço parece ter sido alcançado por pesquisadores da Universidade de Newcastle (Inglaterra), que desenvolveram um sensor ultra-sensível, que deve ser colocado dentro dos vulcões. O salto evolutivo desse novo dispositivo, segundo os autores do projeto, está na sua resistência.
Sensores semelhantes já haviam sido produzidos para este fim, mas nenhum deles era capaz de suportar temperaturas superiores a 350°C (fichinha para um vulcão inativo, que ultrapassa facilmente os 500°C), o novo sensor funciona em ambientes de até 900°C. É mais do que suficiente para detectar chegadas de erupções: a lava recém expelida tem cerca de 1200°C, mas antes disso os habitantes de áreas próximas já terão tempo de sobra para darem no pé.
A ciência ainda sofre com esse problema mais do que se imagina. A maioria dos dados sobre determinada erupção só são coletados depois, ou seja, quando a catástrofe já aconteceu. No planeta, cerca de 500 milhões de pessoas vivem próximas a algum vulcão, e estão situadas sobre esses barris de, digamos, pólvora. Uma erupção pode soterrar milhares de casas rapidamente e causar enormes prejuízos, mesmo que as pessoas tenham tempo de escapar das lavas.
Os dois desafios que os criadores do sensor ainda têm para resolver: energia e comunicação. Mesmo que o aparelho possa funcionar nessas temperaturas altíssimas, as baterias não são capazes de acompanhar o ritmo, precisam ser isoladas do calor para operar bem. Além disso, há que se acoplar ao sensor um eficiente sistema de transmissão de dados sem-fio, para alertar uma possível erupção às autoridades competentes o mais rápido possível. Tais inovações ainda precisam ser aprimoradas e testadas na prática para que o sistema se torne uma realidade. [msnbc]