Cobras podem realmente ser encantadas por música?

Por , em 22.11.2011

Não. Segundo especialistas, o “encanto” não tem nada a ver com a música, e tudo a ver com o encantador agitando uma pungi, um instrumento de sopro, na cara da cobra.

Cobras não se encantam com o som

Cobras não têm orelhas externas, e percebem apenas um pouco mais que burburinhos de baixa frequência.

Mas, quando elas veem algo ameaçador, se levantam em uma pose defensiva. “O movimento da cobra é completamente influenciado pelo instrumento em sua cara”, diz Robert Drewes, presidente do departamento de herpetologia (estudo de anfíbios e répteis) da Academia de Ciências da Califórnia, em San Francisco. “Ele balança, a cobra balança”.

Drewes estuda como os animais respondem às suas próprias chamadas; sua especialidade são as rãs.

Rãs têm ouvidos muito bons, o que faz sentido, já que o som é vital para a sua procriação: o coaxo de um macho chama por uma fêmea. Cada chamada de cada espécie de rã é diferente. Rãs do sexo feminino têm ouvidos internos que estão sintonizados apenas para a chamada de sua espécie.

Bernie Krause, músico e “ecologista sonoro”, diz que, embora alguns animais pareçam responder ao que chamamos de música, não há como sabermos o que eles pensam.

Sim, às vezes aves “chacoalham” ao som de música, macacos tocam teclado, mas estamos “atribuindo” isso aos animais. Segundo ele, para dizer que animais gostam de música, temos que ver um animal que não seja cativo desfrutando de música; um que não esteja procurando nada para aliviar o tédio.

Krause comenta que nós aprendemos a nossa música (música moderna “artificial” de hoje) a partir do mundo natural, e em alguns lugares do mundo, ainda existem grupos de seres humanos que “cantam com a natureza”, ao invés de para ela.

O Kaluli em Papua Nova Guiné, diz ele, “mistura suas vozes com os sons da floresta, que é como nós aprendemos polifonia” – cantar com mais de uma voz. Encantadores de cobras também podem ter começado desta forma: cantando e dançando com cobras. Mas isso foi há milhares de anos, antes de sabermos que as serpentes sequer podiam ouvir aquele som.[POPSCI]

9 comentários

  • Edson Inocêncio:

    Tem uma música da Rita Lee “Venenosa” talvez as cobras gostem….! Minha cobra não sobre só com música, se tiver uma dançarina do ventre cheia de curvas rebolando perto fica mais fácil néh….

  • jodeja:

    Formigas e outros insetos ouvem sons numa escala que os humanos não conseguem.

  • Jonatas:

    Meu cachorro curte música erudita.

    • Ezio José:

      O do meu vizinho curte pagode. Toda vez que tem pagode na casa dele, já sabe que pedaços de pães e mortadelas cairão pelo chão. Sem contar as migalhas de linguiça frita.

  • Ezio José:

    A música é um composto de vibrações frequenciais melodiosas, harmônicas. O orgão sensitivo do som é a membrana do ouvido, o tímpano. Mas podemos sentir o som na pele de outras partes do corpo e isto podemos provar quando ficamos perto de altos falantes de grande potências. Uma folha de papel colocada na frente desse dá, também, uma visível vibração.
    É preciso estudar melhor as formas que cada ser capta o som. omo os seus sitemas nervosos são sensíveis à cada frequência vibracional.

  • ariovaldo silva cintra:

    Gostei muito desta matéria

  • JANE JACK:

    Cobras podem realmente ser encantadas por músicas?
    _ Depende do humor da cobra! Tem cobras que não gosta de musica e outras que adoram, por isso antes de tentar encantar uma cobra, pergunte a ela que música ela mais gosta … É bem mais fácil fazer isto!
    Aprovado e testado pelas industrias latinas Brasileiras de orientações para animais … ksks

  • Anti-Iluminati:

    Eu estou aki para comunicar vcs de que estao sendo manipulados pela midia .conheça a historia dos iluminatis e da rede globo .se puderem espalhem para seus vizinhos e familiares um dvd chamado Prepare-se assistam todos os episodios e vcs veram oque esta escondido por tras da televisao.New World Order

  • Jonatas:

    A música pode até não encantar as cobras, mas encanta a espécie humana desde o início dos tempos…

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