Crianças autistas têm cérebros maiores; o “super crescimento” ocorre em bebês

Por , em 3.05.2011

Segundo uma nova pesquisa, os cérebros de crianças que sofrem de autismo são maiores que os de outras crianças, uma diferença que parece surgir antes dos 2 anos de idade.

Desde 2005, os pesquisadores descobriram que crianças de 2 anos com autismo tinham cérebros até 10% maiores do que as outras crianças da mesma idade. O novo estudo revelou que as crianças continuam a ter cérebros maiores nas idades de 4 e 5 (mas que não cresceram mais do que na idade de 2).

Os cientistas conduziram avaliações comportamentais e ressonância magnética em 97 crianças de 2 anos, das quais 59 tinham recebido diagnóstico de autismo. Cerca de dois anos depois, eles repetiram os testes com 57 das mesmas crianças, das quais 36 tinham autismo.

Os pesquisadores descobriram que as crianças autistas apresentavam um volume maior de cérebro (inclusive mais massa branca e cinza) em todas as idades do que as crianças sem autismo. No entanto, a taxa de crescimento do cérebro havia sido semelhante à taxa observada em crianças normais.

De acordo com os pesquisadores, o alargamento do cérebro é provavelmente de origem genética e o resultado de um aumento na proliferação de neurônios no cérebro em desenvolvimento.

As conclusões mostram que o crescimento excessivo do cérebro ocorre durante a última parte do primeiro ano de vida das crianças. Essa descoberta aponta para uma relação entre o início do comportamento autista e o “super crescimento” do cérebro.

Segundo os cientistas, é possível que o crescimento excessivo do cérebro resulte diretamente no desenvolvimento do comportamento autista, talvez através de uma ruptura física dos circuitos neurais. Mais análises são necessárias antes de se confirmarem tais resultados.

[LiveScience]

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