Encontrada galáxia mais apagada no limite do universo visível
Olhe bem para esta foto. Nela, há um objeto que surgiu quando o universo tinha cerca de 5% de sua idade atual, ou 800 milhões de anos. Se você está tendo dificuldade para encontrá-lo, é aquela manchinha verde quase no centro da foto.
A foto tem falsas cores. O azul corresponde à luz visível, com comprimento de onda próximo de 500 nanometros (nm), o vermelho corresponde ao infravermelho próximo, com comprimento de onda de cerca de 920 nm, e o verde corresponde à onda mais estreita admitida pelo filtro de ondas estreitas, cerca de 968 nm, o que também corresponde a infravermelho.
A foto foi feita com o instrumento chamado IMACS, no Telescópio Magalhães, instalado no Observatório Las Campanas, no Chile, e faz parte do Instituto Carnegie. Os astrônomos usaram uma técnica que deixa passar somente uma estreita faixa de infravermelho, selecionadno desta forma os objetos mais distantes. Assim, encontraram este objeto que tem redshift 7, entre outras galáxias distantes.
Quem leu nossa matéria sobre a distâncias espaciais, sabe que o redshift é usado para medir distâncias muito grandes. Quanto maior o redshift, mais distante o objeto, e esta galáxia está entre os 10 objetos mais distantes já registrados. E, de longe, é o mais apagado deles.
O nome da apagadinha, para os astrônomos, é LAEJ095950.99+021219.1. Ao estudá-la, eles esperam lançar uma luz sobre como as galáxias se formam e crescem. A descoberta foi publicada no The Astrophysical Journal Letters.[LiveScience]
6 comentários
talvez esses “erros” de idade se devam ao fato de essas galáxias estarem do “outro lado” do centro do universo, se estiverem à mesma distancia que a via láctea está do local do big bang, ela estará no dobro da distancia, ou seja a luz vai demorar o dobro de tempo pra chegar até aqui…acho que o problema é que não sabemos exatamente onde ocorreu o big bang, ai fica tudo mais difícil
Vocês têm rasão. O sistema de medir distâncias por meio do redshift, pode não ser confiável. A poeira cósmica altera a densidade do espaço e isto influi no foton, tornado-o mais vermelho. Sabemos que a poeira cósmica filtra os raios azul e ultra violeta e deixam passar o vermelho e infravermelho. Um exemplo disso é a estrela “Zeta Ophiuchi”, Uma estrela azul e que é vista vermelha, devido estar envolta em poeira cósmica. Esta poeira só é percebida em aglomerados. Sem isto não é percebida e quanto mais distante, mais poeira cósmica encontra-se a sua frente. Alem do mais existem galáxias que tem mais poeira cósmica em seu interior que outras. Tudo isto faz ver galáxias mais vermelhas que outras mais distantes. Note que uma foto ultra deep field, aparecem galáxias de todas as cores e no entanto deveriam aparecer só galáxias infravermelhas ou nem serem vistas, devido a suposta frequencia desta luz.
Que imagem mais tosca.
Esta imagem lembra o game “Asteroids” do bom e velho Atari rsrsrsrs!
Toda vez que eles fabricam equipamento novo eles descobrem galáxias mais distantes do que a suposta “Idade do Universo”, aí tem que aumentar essa idade ou diminuir o tempo do processo de formação. Já visso acontecer três vezes.
Não duvido nada que, se algum dia eles conseguirem focalizar esse pontinho verde, vão descobrir que aquela área possui milhões de galáxias que só se desenvolveriam depois de 20 bilhões de anos…
Por isso mesmo que é através das estrelas e das galáxias que se determina essa idade!Pense assim:
Você é um observador externo e está numa rua;
1º você vê um bebê(6 meses), logo você conclui que a idade máxima de um humano pode ser 6 meses; depois você vê uma criança de 3 anos, logo conclui que a idade máxima de um humano é 3 anos.
Você caminha mais um pouco e vê um idoso(89 anos), você não conhece humanos mais velhos e nem se existem entre 3 e 89 anos, porém você pode afirmar que os humanos vivem pelo menos até 89 anos!
Aplique essas informações à história do Universo e você mudará seu pensamento(eu espero)!