Epidemia de Alzheimer, estamos preparados?
Segundo estimativas do Alzheimer’s Disease International (ADI, na sigla em inglês), o número de pessoas com algum tipo de demência aumentou 17% em comparação com 2010. Nesse ritmo, em 2050, mais de 70% dos portadores de algum tipo de demência estarão vivendo nos países mais pobres.
Demência é um nome genérico que abriga uma série de doenças que roubam da pessoa sua personalidade, sua memória, e, em última instância, sua vida. Alzheimer é o tipo mais comum de demência. Essa doença não tem cura e poucos tratamentos são efetivos contra ela.
Por conta da ineficácia de tratamentos, mesmo sem intenção, o paciente de demência acaba se tornando um peso para a família e para a sociedade. Isto só tende a piorar, uma vez que poucos países têm algum plano para lidar com as mais de 44 milhões de vítimas da demência no mundo todo atualmente (que serão 135 milhões em 2050, com o aumento da longevidade).
Atualmente, o atendimento aos pacientes com algum tipo de demência custa em torno de US$ 600 bilhões, cerca de 1,39 trilhões de reais. Estes números e o prospecto do aumento da incidência da doença no mundo todo foi assunto de um encontro do G8 esta semana em Londres.
A expectativa do ADI e outros grupos e especialistas no assunto é que desta reunião resulte um compromisso dos governos de investir na pesquisa de tratamento e cura das demências. O primeiro ministro britânico, David Cameron, anunciou que seus país investirá 66 milhões de libras, cerca de R$ 252 milhões, na pesquisa da demência em 2015, um valor que é bem-vindo, embora some apenas um oitavo do que é investido em pesquisas sobre câncer na Inglaterra.
Além do investimento maciço na pesquisa de um tratamento ou cura, é preciso também investir no treinamento de profissionais de saúde para receber estes pacientes, e adaptar a estrutura dos sistemas de saúde do mundo todo para recebê-los. [Reuters]
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meu maior medo nem é morrer, é esquecer o que eu sou o que vivi e o que aprendi