Esqueleto de 2 mil anos é descoberto nos destroços de Anticítera
Arqueólogos marítimos encontraram os restos parciais de um esqueleto de 2.000 anos durante uma escavação no naufrágio conhecido como “Destroços de Anticítera”, um famoso sítio arqueológico no qual foi encontrado uma máquina de Anticítera.
O naufrágio está localizado ao sul da Grécia, na costa da ilha de Anticítera. A máquina de Anticítera é um antigo mecanismo de auxílio à navegação, avançado para a época.
Incrivelmente, o esqueleto descoberto nos destroços ainda pode conter vestígios de DNA.
A descoberta
Os restos mortais, encontrados três semanas atrás, foram descobertos por pesquisadores do Ministério da Cultura e do Desporto da Grécia, e do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, nos EUA.
Trabalhando a uma profundidade de 50 metros, os arqueólogos recuperaram partes do esqueleto humano, enterrado sob a areia e preso em pedaços de cerâmica.
A escavação produziu um crânio, incluindo mandíbula e dentes, e ossos de pernas, costelas e braços. Mais partes do esqueleto ainda estão enterradas no fundo do mar, e os arqueólogos planejam uma nova visita para recolher o resto.
O próximo passo da pesquisa é tentar extrair DNA do indivíduo. Se os pesquisadores tiverem sucesso, será a primeira vez que conseguem fazer isso com uma amostra subaquática antiga. Os restos estão surpreendentemente bem preservados, o que dá esperanças aos especialistas de conseguir material genético dentro dos ossos.
A análise preliminar do esqueleto sugere que o indivíduo era um homem jovem. Caso a análise do DNA seja bem sucedida, os cientistas podem descobrir mais detalhes, como a cor de seus cabelos e olhos, e até mesmo sua origem ancestral e geográfica.
O naufrágio
Antes de afundar, por volta de 65 aC, o naufrágio transportava itens de luxo, incluindo o mecanismo de Anticítera, estranhamente parecido com um computador, do Mediterrâneo oriental para outras partes da Europa, provavelmente Roma.
O navio era grande e possuía vários níveis e muitas pessoas a bordo. Evidências sugerem que o casco se partiu depois de uma tempestade empurrar o navio contra rochas, causando seu rápido afundamento.
O naufrágio de Anticítera foi descoberto em 1900 por pescadores de esponjas. Todos os artefatos visíveis foram recolhidos prontamente. No entanto, os arqueólogos suspeitam que grande parte da carga do navio ainda permanece enterrada debaixo de sedimentos.
Recentes escavações no local produziram vários artefatos, incluindo âncoras grandes e um peso de chumbo usado pelos gregos antigos como uma arma defensiva para esmagar navios inimigos. [Gizmodo]