Será que finalmente teremos um creme para remover tatuagens?

Por , em 25.02.2015

Alec Falkenham é um estudante de doutorado em patologia na Universidade de Dalhousie em Nova Escócia, no Canadá, com quatro tatuagens.

Enquanto ele adora seus desenhos e planeja mantê-los, muito obrigado, desde que fez sua primeira tatuagem, Falkenham começou a pensar no processo do ponto de vista imunológico, e ficou curioso sobre como revertê-lo de uma forma mais simples que o laser.

Sendo assim, ele decidiu desenvolver uma técnica que quebra as partículas de tinta na pele usando as próprias defesas do organismo. Ela é chamada de “Bisphosphonate Liposomal Tattoo Removal” (BLTR), e vem na forma de um creme.

No momento, o estudante está patenteando a tecnologia e buscando financiamento para continuar suas pesquisas.

Como funciona

Quando as pessoas fazem tatuagens, os pigmentos de tinta na pele são comidos pelos macrófagos, um tipo de glóbulos brancos. As células comem o pigmento para proteger o tecido em torno da substância estranha.

Mais especificamente, duas populações de macrófagos reagem à tinta. Uma transporta um pouco do pigmento para os gânglios linfáticos, removendo-o da área. A outra população que de fato “come” o pigmento e vai mais fundo em sua pele, tornando-se inativa e formando a tatuagem visível.

Com o tempo, os macrófagos que formaram a tatuagem são substituídos por novos macrófagos, o que faz com que o desenho fique borrado. Esse processo geralmente é lento, por isso, durante a vida de uma pessoa, geralmente vemos suas tatuagens desbotar, mas não desaparecer.

O creme de Falkenham tem como alvo os macrófagos, acelerando esse processo de desbotamento natural. “O BLTR é um creme que você coloca na sua pele que faz uso de uma vesícula lipídica, ou lipossoma”, explica seu criador. “Quando novos macrófagos veem para remover o lipossoma a partir de células que continham uma vez pigmento, eles também levam o pigmento com eles para os gânglios linfáticos, resultando em mais clareamento da tatuagem”.

Alec Falkenham

Alec Falkenham

A técnica é uma alternativa mais segura do que os processos de remoção de tatuagens atuais, como os lasers, sem mencionar potencialmente mais barata.

Embora sua investigação inicial tenha se revelado promissora, Falkenham admite que são necessárias mais pesquisas para confirmar os resultados e levar o produto para as prateleiras de todo o mundo. [CNN, DAL]

2 comentários

  • Falcone Big:

    Legal, e o nome do creme deveria ser algo como: “Shamefaced”

  • Carioca de TPM:

    Interessante. Mas fica a dúvida perigosa sobre esse processo sobrecarregar os gânglios linfáticos e surgirem chatos problemas de saúde.

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