Estudo sobre queimaduras solares pode se tornar medicamento para dor crônica
Um novo estudo identificou uma molécula no organismo que provoca dor após a exposição a raios ultravioleta (UV), explicando pela primeira vez porque a pele queimada de sol fica frágil.
Os pesquisadores reuniram um grupo de corajosos voluntários saudáveis e expuseram pequenas áreas de sua pele à radiação UV, a fim de criar manchas de queimadura solar.
As amostras de pele lesada continham altos níveis de uma proteína chamada CXCL5, que envia células inflamatórias imunológicas ao tecido danificado, causando dor.
Outros testes em ratos mostraram que um anticorpo que suprime a molécula é capaz de reduzir a quantidade de dor causada pela radiação ultravioleta.
A descoberta abre caminho para novos tratamentos para reduzir a dor em uma variedade de condições crônicas.
O cientista britânico Steve McMahon reforça que o estudo não é apenas sobre queimaduras solares; que um dos objetivos esperados é identificar um potencial alvo que pode ser utilizado para entender mais sobre a dor em outras condições inflamatórias, como artrite e cistite.
“Estou animado com as descobertas e para onde elas podem nos levar em termos de desenvolvimento, eventualmente, de um novo tipo de analgésico para pessoas que sofrem de dor crônica”, completa.[Telegraph]