Filhos dão alegria para os pais… mas na velhice

Por , em 14.03.2011

Pesquisas haviam revelado que, apesar da alegria da paternidade, criar filhos pode ser psicologicamente difícil para os pais. Ter um bebê diminui a satisfação conjugal, por exemplo. Em resposta, os pais podem racionalizar a sua decisão de ter filhos pela idealização da paternidade.

Mas aguentar os choros e as birras pode valer a pena, eventualmente. Conforme as crianças crescem, a infelicidade derrete. Talvez por que eles param de encher o saco.

Segundo um novo estudo, as crianças são um investimento a longo prazo. Famílias maiores trazem mais alegria aos pais na meia-idade e além. Pais acima de 40 anos com mais filhos são mais felizes.

Os pesquisadores entrevistaram mais de 200.000 homens e mulheres em 86 países, entre 1981 e 2005. Globalmente, os pais com menos de 30 anos de idade tornam-se menos felizes com o nascimento de cada criança. Os pais com idades entre 30 e 39, por outro lado, continuam tão felizes quanto casais sem filhos se tiverem quatro ou menos crianças.

A partir dos 40 anos em diante, os pais com 1 a 3 filhos são mais felizes do que casais sem filhos. Após 50 anos de idade, as mães e os pais são mais felizes do que casais sem filhos, independentemente de quantos filhos eles têm. Os resultados são independentes de renda, sexo ou estado civil.

Os pesquisadores reconhecem que quem escolhe não ter filhos pode ser diferente de alguma forma, e essas diferenças podem afetar a sua felicidade. No entanto, a análise dos efeitos de ter um filho adicional (um método de comparar um pai com o outro) sugere que realmente são as crianças, e não algum outro fator, que causa a mudança na felicidade.

E o que dizer sobre essa contradição? Porque os resultados apontam consistentemente menos felicidade por criança? Isso só tem explicação através da perspectiva do estágio de vida dos pais.

Conforme as crianças crescem, elas requerem menos cuidados e causam menos estresse aos pais. Os filhos adultos podem se tornar uma fonte de apoio também. Isto é especialmente verdade para os antigos estados soviéticos como a Rússia, Polônia e Hungria, onde os idosos dependem menos do governo e mais do bem-estar de suas crianças para ajuda financeira.

Em países com sistemas de segurança social bem desenvolvidos, por outro lado, as diferenças entre os casais com ou sem filhos são menores. No oeste da Alemanha, Suíça e Áustria, os adultos são igualmente felizes independentemente se têm ou não filhos.

Mas não fique pensando que você serve só para sustentar seus pais na velhice. Não importa o que digam as pesquisas, o maior fato é que eles apenas lhe amam muito. [LiveScience]

11 comentários

  • amoretudo:

    Com certeza é um apoiando o outro em qualquer fase da vida que precisarem. Os filhos precisam dos pais e estes um dia precisarão dos filhos. O que não acho adequado é os pais começarem a exigir de forma exagerada o tempo dos filhos depois de adultos como se devessem ser secretários deles. Os pais devem respeitar a vida dos filhos e saber que somos expectadores (sou mãe) e apoiadores dos filhos a vida inteira e não ficar atormentando eles com nossos problemas e fazendo até troca de papéis.

  • jodeja:

    O Amor é tudo em toda parte, mas muito mais na criação dos filhos. Se necessário, os pais devem deixar de lado seus desejos, suas ambições, seus ideais e até mesmo se sacrificar no trabalho para a felicidade dos filhos, se eles são sadios; se houver algum doente, se sacrifique o dobro ou o triplo, pois vale a pena. Digo isso por experiência própria.

  • reflexao:

    tambem existe aquela velha historia de pais q tratam filhos como se fosse um investimento para quando ficarem filhos terem uma poupança, nao dao amor nem carinho muito menos educacao ai quando os filhos abandonan a culpa é de quem??? filho nao deve ser um investimento e sim algum muito desejado e amado o que eles faram por vc ai ja é consequencia da eduacao que cada casal da.

  • gloria:

    Isso é relativo!Independe de nós, trazemos conosco nosso destino traçado, seremos felizes c\ filhos ou sem filhos, o q dita nossa vida é o moumento da comcpção

  • dilson sardá:

    A pesquisa revela a realidade da vida. Enquanto jovem, o casal foca em seus objetivos profissionais e de relacionamentos. Nesse periodo os filhos atrapalham os objetivos dos pais. Imagino um casal que deixou de ir a uma festa importante para seus relacionamentos em virtude do filho pequeno não poder ficar sozinho. Na medida em que o casal se fortalece profissionalmente e os filhos crescem começa o equilibrio, que se aproxima do ideal quando os filhos, bem educados, começam a trazer para casa algum tipo de satisfação: notas escolares, resultados bons no esporte, etc. O equilibrio ideall é quando os filhos, adultos, trazem para os pais, alem da satisfação de seus bons desempenhos na vida, alguma forma de contribuição para melhoria da vida dos pais.
    No entanto, todo caminho percorrido pelos pais ficariam melhores se houvesse, desde o inicio da vida de um casal, a percepção dentro do lar de que a nossa mãe é a pessoa mais importante de nossas vidas, e que sem ela não seriamos nada. Essa percepção uniria todos em torno de objetivos comuns e a vida em familia seria, do começo ao fim, uma constante de felicidade.

  • Magda Patalógica:

    Adilson:

    Concordo com você.

    Ainda não tenho filhos, mas vejo esse o brilho de felicidade nos olhos dos meus familiares e amigos.
    A cada criança que chega, um prazer renovado e a confirmação do compromisso “até que a morte nos separe”. (entre pais e filhos)

    Os japoneses têm uma maneira muito especial de educar os filhos, que deveria ser seguida pelos ocidentais.
    Desde pequenas, as crianças aprendem a valorizar os idosos e crescem com a consciência de que quando se tornarem adultas e seus pais envelhecerem, tomarão conta deles.
    Para os japoneses, ter um velho na família traz um sentimento de orgulho, pois o velho é depositário da experiência, sabedoria e de bons conselhos.
    O sentimento de gratidão é muito valorizado na cultura japonesa.

    Nós, ocidentais, tendemos a nos tornamos escravos dos filhos, queremos dar a eles tudo o que não tivemos, e eles recebem como se fosse uma obrigação de nossa parte, que quase não sabemos dizer NÃO.
    Filho único é o triste exemplo disso, pois cresce pensando que pode tudo e as pessoas terão sempre que satisfazê-lo, como fizeram seus pais.
    Resultado: Muitos se tornam egoístas, infelizes no casamento e nas relações interpessoais. São as vítimas dessa educação modernosa.

    Sou voluntária de um asilo em São Paulo e sinto o drama daquelas mães abandonadas naquele verdadeiro “depósito de velhos”.
    Tem velhinhas que lá foram internadas e os filhos nunca mais apareceram para visitá-las. E ao contrário do que muitos pensam, que num asilo elas permanecem apenas esperando a hora morte, a maioria tem muita sede de viver. Outras definham-se na amargura e falecem em pouco tempo.

    Acredito que se esses filhos tivessem, desde pequenos, uma educação nos moldes da cultura japonesa, não existiriam mais asilos.

    Fui.

  • EDUARDO SOROCABA:

    É AQUELE VELHO DITADO UM PAI CRIA 10 FILHOS MAS 10 FILHOS NÃO CUIDAM DE 1 PAI
    FATO…

  • Éverman:

    O que usaram? Um aparelho “medidor de felicidade”? Isso parece coisa do Futurama …

  • Alter ego: Pessimista:

    Isso vai depender do filho.

  • Luiz:

    vou curtir a solterisse até os 40 anos e quando eu estiver só os trapos, terei filhos.

  • Adilson:

    Se eu tivesse participado da pesquisa, os numeros poderiam ser diferentes. Meus filhos trouxeram alegria desde o nascimento.

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