Empreendedor conseguiu R$ 4,5 milhões com uma apresentação de 5 slides SOBRE NADA
Itay Adam, além de saber ganhar dinheiro é um empresário israelense cheio de ousadia e grande fã de Seinfeld. Com apenas essas características, aliadas aos seus 22 anos de experiência em marketing online, ele conseguiu arrecadar MUITO dinheiro de investidores, para uma empresa sobre… nada.
Depois de financiar muitos empreendimentos, alguns bons e outros não, Adam chegou à conclusão de que, se alguém lhe desse dinheiro suficiente, poderia começar uma empresa de bastante sucesso.
E conseguiu: Adam recebeu um investimento de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,54 milhões) para começar sua empresa, de uma companhia de private equity com sede em Londres, Brasil e Colômbia (private equity é um tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, com o objetivo de alavancar seu desenvolvimento).
Como ele conseguiu ganhar dinheiro?
Toda a sua argumentação consistiu em uma simples apresentação de cinco slides e 40 minutos, 18 piadas e nenhum produto. Isso mesmo, nenhum produto.
O primeiro slide era simplesmente uma citação tirada do seriado Seinfeld: “Este é um programa sobre nada”.
Adam explica que obteve sucesso por causa de uma combinação de filosofia, experiência, idade e paixão. Na verdade, ele até contratou um roteirista profissional para escrever sua apresentação com tons de comédia, que ele praticou durante uma semana. Em seguida, ele deu aos investidores o melhor show possível.
Poucos dias depois, eles assinaram um financiamento de R$ 4,5 milhões apenas para bancar uma crença inteligente e bastante simples, mas muito real.
O que Adam pretende fazer com esse dinheiro
“Ninguém sabe o que a próxima ‘grande ideia’ vai ser, é tudo apenas especulação. Meu objetivo é construir uma equipe de 5 a 6 pessoas, todos veteranos com experiência comprovada, todos com idade superior a 35 anos, para criar essa próxima ‘grande coisa’, seja ela qual for”, explica Adam.
Os cinco slides usados pelo israelense na apresentação dão uma noção do que ele pretende fazer:
Sua ideia é criar a empresa “BetaPopcorn – Entertaining Internet”, uma empresa de entretenimento. De acordo com ele, se você pode entreter, você fornece um serviço que está em demanda.
Hoje em dia, os novos produtos visam simplificar a vida das pessoas. “Se você conseguir construir algo que faz com que a vida das pessoas seja mais fácil (Facebook, Twitter, Google, etc), você conseguiu entreter”, argumenta Adam.
A empresa vai se chamar “BetaPopcorn” porque quando você pensa em entretenimento, também pensa em pipoca (“popcorn”, em inglês).
Itay Adam não pode ter uma ideia, produto ou conceito ainda, mas tem uma equipe, motivação e uma visão única, além de R$ 4,5 milhões, o que é muito mais do que a maioria das novas empresas podem dizer que têm. É esperar para ver o que vai sair disso. [Forbes, SlideShare]
8 comentários
Se for olhar ao fundo, não foi uma sacada tão brilhante assim, ele só usou a imagem dele para conseguir um investimento alto. Qual a sacada? Está obvio, a sacada está em cada um da equipe que tem conhecimento profundo em cada área que domina a industria como um todo. A sacada foi ter juntado a melhor pessoa de cada setor para a produção de um produto que atenda todos os outro setores industriais e com isso, as pessoas.
Como diria Voltaire: “há uma semelhança entre árabes e judeus: os dois são ladrões.”
E diz o ditado popular que ambos vendem a própria mãe. Só que o judeu não faz a entrega…
Brincadeira.
Admiro muito a estirpe dos judeus, seus valores e princípios, sua força moral e a sua incrível capacidade para defender seu povo e a sua terra.
Conheço um brasileiro que fez algo parecido, vendeu “pastéis de vento” por bilhões,
Acho que o nome era Eike Batista. rsss
A diferença é que o indivíduo do artigo não está dizendo que é alguma coisa. Ele é transparente: não sabemos de nada, não prometemos nada.
Cara, isso é tipo FIES. Cê acha que o banco tá pagando metade da sua faculdade né? Não, cê tá montando uma futura divida, já cansei de explicar isso pra rapaziada que tá dando esse tiro no pé. Acontece que, esse cara não ficou rico, o dinheiro investido tem que ter retorno, financiadores financiam porque sabem que haverá um retorno. O aspecto peculiar da historia é que o cara não tem uma meta estabelecida e nem nenhum produto, e é dinheiro bagarai que esses malucos investiram.
O dinheiro entra na condição de que os investidores se tornam sócios do negócio, recebem um percentual. Se for para o buraco todo mundo vai junto.
Não o cara realmente não ficou rico já que o dinheiro é da empresa, no entanto ele tem controle. E se você considerar que o cara levantou esse dinheirão apenas com a reputação dele, sem idéia nenhuma do que vai fazer, foi uma grande coisa.
Realmente é um tiro no pé apenas se quem adquirir for muito desatento, do contrário é um grande auxílio e ADIANTO na vida de uma pessoa. Considerando que em geral, no final de uma faculdade, a pessoa estará ganhando até quem sabe o triplo do que era a mensalidade, ela não só se adiantou prosperando na vida, como também caso tenha algum dinheiro antes do termino poderia investir em cursos. Não digo que estes valores são fixos, só quis fazer uma analogia.
Estão investindo nele e não em uma empresa ou produto. Então é a reputação que ele está vendendo no fim das contas.