“Charme feminino” pode ajudar na carreira, mas gera desconfiança

Por , em 24.07.2012

Aqui vai um alerta para aquelas moças que usam (voluntariamente ou não) seu charme para criar uma boa imagem no ambiente de trabalho: a tática pode atrair a simpatia dos colegas, mas ao mesmo tempo pode fazer com que sejam vistas como menos confiáveis.

A conclusão veio de dois estudos feitos recentemente por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Bekerley (EUA). Eles analisaram como o “flerte” (entendido como “atitude carinhosa, provocante, porém não necessariamente com intuito sexual”) pode interferir em negociações profissionais e no ambiente corporativo em geral.

“Embora flertar possa tornar uma mulher mais agradável, negociadoras que o fizeram foram julgadas como menos autênticas do que aquelas que não usaram esse recurso”, conta a pesquisadora Laura Kray, líder da equipe.

No primeiro estudo, 79 estudantes de pós-graduação (sendo 50 homens e 29 mulheres) opinaram sobre a eficácia de dez características pessoais em uma negociação – como honestidade, tendência a manipular e capacidade de ouvir. No final, a habilidade de flertar foi considerada a menos efetiva, junto com algumas características relacionadas a ela (como beleza física e postura “leve”).

No segundo, feito com 77 estudantes (desta vez, 51 mulheres e 26 homens), os participantes assistiram a diversos vídeos de negociações, nos quais um ator (ou atriz) falava diretamente para a câmera, simulando um diálogo com o espectador. Em cada vídeo, a pessoa seguia um roteiro, que poderia demandar uma postura séria ou “charmosa”.

Aqueles que “flertavam” com o espectador eram vistos como menos autênticos, porém, no caso das atrizes, mais agradáveis do que aqueles que mantinham uma postura mais séria. O roteiro de “flerte”, vale dizer, incluía sorrir, inclinar-se para frente, tocar os próprios cabelos e o rosto e usar um tom de voz leve, com certo ar de brincadeira.

Alguma leitora se identificou?[Daily Mail UK]

3 comentários

  • Sérgio Moreira:

    Mulheres bonitas se prevalessem das características físicas para se darem bem no trabalho. Nossa! que descoberta!!

  • aguiarubra:

    Que pena!
    É ruim olhar para uma mulher e ver outro “homem” com quem deveremos competir.

  • Flor de Lis:

    Legal o artigo.

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