Gisele Bündchen descreve ataques de pânico e pensamentos suicidas
Através dos anos, Gisele Bündchen foi mudando sua imagem de supermodelo para ícone da vida saudável. Em uma entrevista com a revista People, a empresária contou sobre a fase de sua vida em que ataques de pânico eram constantes, e que queria que aquela sensação acabasse a todo custo. Isso a motivou a melhorar sua saúde de forma geral, mudando desde a alimentação até as atividades físicas praticadas.
Ela está lançando sua autobiografia Lessons: My Path to a Meaningful Life (Lições: meu caminho para uma vida significativa), que será lançada nos Estados Unidos no dia 2 de outubro de 2018. “Senti que estava na hora de compartilhar algumas de minhas vulnerabilidades”, explica ela.
Gisele conta que teve seu primeiro ataque de pânico durante um voo turbulento em 2003. Este tipo de ataque é caracterizado por episódios de medo intenso, de forma repetida e inesperada. Este medo costuma vir acompanhado de outros sintomas físicos como dor no peito, palpitações no coração, falta de ar, tontura e desconforto abdominal.
A partir de então, passou a ficar ansiosa em espaços pequenos e em túneis e elevadores. “Eu tinha uma carreira incrível, estava muito próxima de minha família, e sempre me considerei uma pessoa positiva”, relembra ela. “Eu pensava: ‘por que estou me sentindo assim?’. Eu achava que eu não podia me sentir mal. Mas eu me sentia impotente”, diz.
Ataque de pânico
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, 4,7% dos adultos no país têm ataques de pânico em algum momento de suas vidas. Apenas no último ano, 2,7% da população americana teve este problema, sendo que há uma maior prevalência entre mulheres (3,8% versus 1,6% entre os homens).
Já aqui no Brasil, segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, 10% da população pode sofrer com crises de pânico, sendo que 3.5% dessas pessoas têm ataques repetidos.
Pensamento suicida
Ela começou então a pesquisar o que poderia fazer para se sentir melhor. “Eu cheguei a ter o sensação de que “se eu só pular da sacada, isso vai acabar, e eu nunca mais vou ter que me preocupar com essa sensação de que o mundo está se fechando”, conta ela. Na época, Gisele consultou médicos e começou a tomar Xanax, mas não queria depender do medicamento para sentir-se bem.
Reviravolta
Ela mudou completamente seu estilo de vida, começando pela dieta. “Eu fumava, bebia uma garrafa de vinho e três frapuccinos de mocha por dia. Eu larguei tudo em um dia só”, conta ela. “Eu pensei: se essas coisas são a causa dessa dor na minha vida, elas têm que ir embora”.
Gisele também terminou com o então namorado Leonardo DiCaprio por sentir-se sozinha em sua determinação de mudar sua vida de forma tão dramática. A partir de então, passou a praticar yoga e meditação todos os dias, e adotou uma dieta saudável, com muitos vegetais e cereais integrais. [WMagazine, NIH, CVSP]
1 comentário
Mulherão, as pessoas inteligentes sempre procuram o cerne do problema para resolvê-lo, os coitados ficam na periferia , por isto a toda hora vemos noticias de celebridades que morreram por uma overdose de drogas. Estes são os fracos , e/ou pouco inteligentes que preferiram o caminho curto para se sentirem aliviados, sem se darem conta de que o problema estava persistindo e , ao contrário, aumentando. Com uma mulher destas vale a pena dividir cada instante da vida.