Gravidez entre as mais velhas e obesas aumenta o risco de derrame

Por , em 4.08.2011

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, mata milhares de pessoas todos os anos no Brasil. Um novo estudo norte-americano indica que a gravidez pode se tornar um fator de risco no desenvolvimento da doença.

A conclusão chegou após a observação de que cada vez mais mulheres estão sofrendo AVC como resultado da gravidez.

O aumento pode ser devido ao maior índice de obesidade entre as mulheres, o fato de que elas estão se tornando mães mais velhas e aos nascimentos múltiplos (graças a ampla utilização da fertilização in vitro).

Um estudo verificou que a taxa de internações por AVC durante a gravidez aumentou 47% entre 1995 e 2007. No mesmo período, a taxa de mulheres hospitalizadas até três meses depois do nascimento aumentou 83%.

No entanto, o risco absoluto de AVC relacionado com a gravidez é muito pequeno. De 1995 para 2007, o risco do derrame aumentou de 15 para 22 em cada 100 mil, enquanto no período de três meses após o nascimento passou de 12 para 22 em cada 100 mil.

Para mulheres relativamente saudáveis, o risco de AVC realmente não é uma preocupação. Mas para as grávidas que já apresentam algum fator de risco, como obesidade, hipertensão crônica, diabetes ou doenças cardíacas congênitas, o risco do desenvolvimento da doença é dobrado, considerando que a própria gravidez é um fator de risco por si só.

Os médicos alertam que é importante que as mulheres que desejam ter filhos compreendam os riscos associados à gravidez e tomem medidas para garantir que estejam o mais saudáveis o possível antes de engravidar. No Brasil, a estimativa é que 100 mil pessoas morram devido à doença, todos os anos. [Telegraph]

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