Homem ou mulher: quem resiste melhor à dor?

Por , em 1.01.2013

Homens gostam de mostrar sua força, mas a verdade é que quem passa pelo parto são as mulheres. Além disso, fêmeas de várias espécies, não só a humana, vivem mais que os machos.

Um estudo recente até mesmo indicou que o sexo feminino é geneticamente programado para resistir melhor a infecções, ao câncer e também possui um sistema de reserva para combater doenças – tudo graças a terem um cromossomo X a mais que os homens.

Com tudo isso, parece que são elas o sexo forte – mas uma pesquisa da Universidade Leeds Metropolitan (Reino Unido) acabou de revelar que o limiar de dor dos homens é mesmo maior do que o das mulheres.

Isso quer dizer que eles aguentam mais dor – ou dizem aguentar, é claro. Não podemos nos esquecer que os comportamentos culturais apontam para o homem como a figura forte, e eles podem sentir necessidade de fazer jus ao estereótipo.

No entanto, realmente parece que os homens podem tolerar mais dor do que as mulheres, além de serem menos propensos a deixar transparecer que estão sofrendo do que elas.

Os cientistas ainda dizem que os estereótipos de gênero significam que os homens tendem a agir estoicamente quando estão feridos (o estoicismo prega o autocontrole e a firmeza como um meio de superar emoções destrutivas), enquanto as mulheres mostram mais sensibilidade.

O estudo

Dr. Osama Tashani, que estuda a dor, recrutou 200 voluntários britânicos e libaneses para o estudo de dois anos.

Dois procedimentos para induzir dor foram feitos. Em um deles, a mão dos participantes foi espetada, e, em outro, eles tiveram que segurar sua mão acima de sua cabeça, enquanto seu fluxo de sangue era restringido.

“Alguns grupos étnicos são descritos como mais estoicos, enquanto outros são vistos como mais livres para expressar seu comportamento de sofrimento. Nós não detectamos diferenças no desconforto com a dor”, explicou Tashani.

Os pesquisadores monitoraram resistência, sensibilidade e vontade de relatar a dor em todos os participantes, e descobriram que os homens apresentaram limiares de dor mais elevados e relataram menor intensidade de dor do que as mulheres, independentemente da sua nacionalidade.

Os voluntários britânicos não suportaram tanta dor quanto os libaneses, e eram mais dispostos a dizer que sentiram dor.
No entanto, as reações baseadas em estereótipos de gênero foram mais pronunciadas na Líbia do que no Reino Unido, o que sugere que tanto o gênero quanto a cultura desempenham um papel na forma como a sociedade lida com o desconforto.

O estudo foi publicado no periódico European Journal of Pain.[DailyMail]

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