Raios mortais na Índia atingiram 147 pessoas em apenas 10 dias (e vai piorar)

Por , em 6.07.2020

Raios mortais tiraram a vida de 147 pessoas em Bihar, no norte da Índia, em apenas dez dias. Infelizmente, tudo pode piorar: o Departamento Meteorológico Indiano já alertou para mais condições climáticas extremas nas próximas 48 horas.

Desde o fim de março, 215 indivíduos, entre fazendeiros, trabalhos rurais e pastores, faleceram devido a relâmpagos neste que é o mais pobre estado indiano.

Enquanto autoridades estaduais disponibilizaram um aplicativo de smartphone que ajuda a prever possíveis raios fatais, muitos fazendeiros de classes menos favorecidas sequer possuem celulares com internet.

Mudanças climáticas

Quedas de raios são relativamente comuns durante o período anual de monções na Índia, entre junho e setembro. Ano passado, 170 pessoas foram mortas por relâmpagos nessa época.

Este ano, no entanto, os números devem ser muito maiores. No estado de Bihar, o valor já ultrapassou o total de incidentes fatais registrados nos últimos anos, apesar das monções terem apenas começado.

“Fui informado por especialistas em clima, cientistas e autoridades de que o aumento da temperatura devido à mudança climática é a principal causa por trás dos crescentes raios”, afirmou o ministro de Gerenciamento de Desastres de Bihar, Lakshmeshwar Rai, à AFP.

Abdus Sattar, um agrometeorologista de Bihar, explicou que os raios e trovões foram causados por uma instabilidade em larga escala na atmosfera, alimentada pelo aumento da temperatura e pela umidade excessiva.

Monções extremas

Embora a situação seja pior em Bihar, outras regiões da Índia estão sofrendo com esse problema também. No estado vizinho de Uttar Pradesh, 200 pessoas já foram mortas por raios desde abril.

De acordo com os últimos dados oficiais do país, em 2018, mais de 2.300 indivíduos foram atingidos por relâmpagos mortais na Índia.

Enquanto as monções são essenciais para reabastecer o suprimento de água no sul da Ásia, também causam morte e destruição todos os anos na região. [ScienceAlert]

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