Locais que formam estrelas podem contar como surgiu o universo
Há algumas décadas, os astrônomos reconhecem a importância de se compreender as radiações espaciais, provenientes de vários pontos da Via Láctea, para entender como as estrelas se formaram em nossa galáxia. E as respostas, ao que parece, não serão dadas por um equipamento espacial recente ou ainda por lançar, e sim por uma das sondas mais antigas ainda em operação.
Lançadas há mais de 34 anos no espaço e ainda operando até os dias de hoje, as sondas Voyager 1 e 2, da NASA, são os objetos espaciais mais longe da Terra ainda em operação. Atualmente, elas se encontram nas bordas do sistema solar, depois de passar recolhendo dados essenciais sobre todos os planetas a partir da Terra.
Da distância em que estão, as sondas Voyager detectam um tipo especial de radiação, chamada de “linha de Lyman-Alpha”. Tal radiação, composta basicamente de hidrogênio ionizado, já foi observada por astrônomos em outras galáxias, mas nunca na Via Láctea. O motivo é a própria radiação solar, que “ofusca” nossa sensibilidade à linha de Lyman-Alpha.
Todas as regiões espaciais, das quais as sondas constataram a emissão de radiação Lyman-Alpha, têm um ponto em comum: são pontos de formação de novas estrelas. As gêmeas Voyager continuam examinando as bordas do sistema solar, mas essa tendência está se confirmando com impressionante precisão.
A relação entre estes dois fatores é clara: se um local de “produção” de estrelas é abundante na emissão de
determinada radiação, entender o mecanismo por trás disso pode contar muito sobre como o universo foi composto em seus primórdios, a partir dos primeiros corpos celestes. Esse é o desafio dos cientistas da NASA a partir de agora. [LiveScience]
8 comentários
As sondas são o que temos de humano nos confins do sistema solar. São mais que aterfatos mecânicos perdidos no cosmos, são pedaços da própria humanidade, são o prólogo mais significativo da nossa presença no Universo. Imagino a sensação experimentada também pelos cientistas que por anos estudaram o sistema do planeta Júpiter com a sonda Galileu, e a mistura de tristesa e de sucesso que sentiram quando tiveram que sacrifica-la jogando-a em Júpiter, num fim derradeiro e até poético, um pedaço de nós hoje está misturado com as nuvens do maior planeta do Sistema Solar.
A sobrevida destas sondas é impressionante!
De fato. É o que temos da humanidade mais distante da Terra. Que bom que funcionam ainda dentro de suas limitação nessa região tão interessante e enigmática do espaço.
Adoro matérias sobre as sondas Voyager 1 e 2.
Eu também. E pensar que elas poderão viajar para sempre(isso se não forem destruídas por algum coisa). Já são 33 anos de viajem e nem saíram do Sistema Solar. A Voyager 1 viajando a 61.100 km/h.
Fico imaginando, se elas não forem atingidas, onde estarão daqui a milhões de 100 milhões de anos de anos.
onde estarão daqui a 100 milhões de anos*
existem projetos para deixa as sondas
mais rapidas por exemplo, velas solares
quer permitiria as sondas esta em constante aceleração, se der serto da pra saber aonde ela estara antes de chegar.
serto? m a l d i t a inclusão digital!