Maconha: substâncias químicas semelhantes às encontradas na erva podem ser benéficas à saúde

Por , em 10.08.2010

Mesmo a maconha estando à beira da legalização para fins recreativos e medicinais a nível de estado nos EUA, seus defensores estão lutando para maximizar os efeitos saudáveis da substância. Afinal, em um nível básico, fumar maconha é inalar uma mistura de fumaças organoquímicas, muitas das quais cancerígenas (como certos compostos fenólicos, ou seja, benzo [a] pireno). Embora as tubulações de água ou o consumo oral sejam utilizados às vezes, eles supostamente têm efeitos mais fracos.

Maconha e saúde

Porém, pesquisadores da Universidade de Washington encontraram a mais recente em uma longa sequência de substâncias químicas que seu corpo produz que se assemelham às encontradas na maconha, e que poderiam eventualmente substituí-la oferecendo a plena eficácia de seus efeitos mais úteis.

A classe de compostos é conhecida como “endocanabinóides” – uma junção de “endo”, latim para dentro, e “cannabis”, o nome científico da planta da maconha. Os últimos endocanabinóides levam o nome de 2-AG e se ligam aos receptores das células nervosas e a microglia. A microglia é uma célula especializada que limpa restos de células mortas e de placa.

Juntos, criam um sinal que provoca mudança nas células do cérebro e redução da inflamação. Isso poderia explicar por que compostos similares liberados ao fumar maconha (provável ligação aos mesmos receptores) podem oferecer alívio para os sintomas de doenças cerebrais, como esclerose múltipla, tumores cerebrais, doença de Huntington e outras desordens auto-imunes ou neurológicas.

Em seus trabalhos mais recentes, os pesquisadores descobriram que o 2-AG se liga a uma enzima chamada ABHD6. A enzima, cujo propósito era anteriormente um mistério, é um membro do sistema endocanabinóide de sinalização. Além disso, eles descobriram que a enzima utiliza água para quebrar o 2-AG, o que degrada seu sinal e reduz sua eficácia.

Com esta descoberta, os investigadores querem encontrar formas de inibir a enzima, aumentando a potência de químicos cannabis ou seus análogos sintéticos. Eles também poderiam tentar conceber novos compostos resistentes à hidrólise. De qualquer forma, os efeitos benéficos dos farmoquímicos seriam acentuados.

[DailyTech]

5 comentários

  • Rogerio Gonçalves:

    Dizer que a maconha tem efeitos ou prejuízos tal qual uma latinha de cerveja é fantasia e senso comum, os estudos ainda são restritos e os sinais negativos sobre a maconha são evidentimente maiores que os positivos, mesmos assim quando sintetizados em laboratório e dosados para cada sintoma especificamente. Rogério Psicólogo – especializado em Dependência Química

    • BomConheiro:

      Concordo, mas quando sintetizados em laboratório e dosados para cada sintoma especificamente os efeitos são tão benéficos quanto qualquer outro fármaco. Bioinformata – especializado em toxicologia forense e mestre em biologia molecular.

    • Quindim:

      Acredito que faça mais mal que uma latinha de cerveja mas uma latinha de cerveja não traz a mesma sensação de um baseado…
      Quem fuma quer sentir isso e a única maneira segura é saber administrar a droga de maneira consciente fumando só ocasionalmente…

      Mas eu sou a favor da legalização porque cada um tem o seu livre arbítrio e faz do seu corpo o que quiser… Ninguém pode interferir nisso, nem a lei, é assim que eu penso…

  • Suzane de Souza Rodrigues:

    “Baseado”… em pesquisa. Fumar maconha é tão prejudicial quanto a tomar uma latinha de cerveja. Cada um, cada um…. com certeza a maconha é contra-indicada para muitos. Assim tb o é o uso indevido de alcool. Mas, os outros não devem pagar por isso. Não é todo mundo que calça 40. Por que ignorar isso? Quem ganha com isso?….. Brasil, mostra tua cara…. mais cedo ou mais tarde a liberação da maconha acontecerá…

    • BomConheiro:

      Legalização eu duvido, mas a descriminalização é inevitável e questão de tempo…

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