Maior escolaridade, menor pressão sanguínea

Segundo uma nova pesquisa, as pessoas que completaram mais níveis de educação têm pressão arterial mais baixa. O efeito é especialmente forte nas mulheres.
O estudo, que incluiu 3.890 pessoas e durou 30 anos (de 1971 a 2001), mostra que a média da pressão arterial das mulheres com 12 ou menos anos de escolaridade é 3,3 pontos maior do que as mulheres com 17 ou mais anos de escolaridade, e a média dos homens com 12 ou menos anos de escolaridade é 2,3 pontos maior do que os com 17 ou mais anos de escolaridade.
A escolaridade também pode ter um pouco de efeito sobre a obesidade, o tabagismo e a diabetes.
Embora essas diferenças pareçam pequenas, a pressão arterial menor ajuda uma pessoa a ser mais saudável e, quando populações inteiras são consideradas, o número menor de ataques cardíacos ou derrames sofridos seria significativo.
E por que essa diferença existe? Segundo os pesquisadores, pessoas que completaram mais níveis de educação tendem a ter uma renda maior, morar em bairros com mais acesso a frutas e verduras, e compreender melhor as mensagens de saúde pública, de forma a serem mais conscientizadas.
O que era conclusão de senso comum virou ciência. A pesquisa mostra que há uma razão biológica subjacente para a ligação entre saúde e escolaridade: os com maior escolaridade tendem a ter menor pressão sanguínea.
E quanto ao efeito ser mais forte nas mulheres? Pode haver razões biológicas para isso também. Para as mulheres, um menor nível de educação é frequentemente associado a outros fatores de risco relacionados ao estresse.
As mulheres com menor escolaridade são mais propensas que os homens a serem mães solteiras, viverem abaixo da linha da pobreza, e sofrerem de depressão. Esses estressores adicionais ativam respostas do corpo, elevando o risco de pressão alta.
O que o estudo não mostra é que aspectos da educação podem estar contribuindo para essa associação. Seria apenas o número de anos, ou a qualidade da educação? Fatores como tamanho da sala de aula e qualidade dos professores ainda não foram analisados.
Essas e outras questões podem influenciar novas conclusões. Por exemplo, os pesquisadores precisam levar em conta o papel das experiências de vida precoce. A situação econômica na infância pode influenciar a saúde e inteligência. E crianças que são abusadas ou negligenciadas podem ser mais propensas a concluir menos níveis de escolaridade e a ter doenças cardíacas.
Esses links precisam ser examinados antes que a educação possa ser confirmada como uma causa da pressão sanguínea saudável. [LiveScience]
4 comentários
eu achei massa a site e acho que todos devem ir a escola e terminar pelo ou menos o terceiro ano
votem em sim o meu comentario
pressão? nem alta nem baixa no caso de ser acometido(a) por algun desses casos procure um médico nunca uma escola não importa se você tem 12, 15 ou 21 anos.
Tenho apenas 15 anos e graças a Deus já cheguei aos 12 anos de escolaridade,quero chegar ao menos 21 anos de escolaridade.
Mais um motivo para se ir a escola.