O que pode acontecer com suas contas online quando você morrer?

Por , em 24.04.2011

A internet começou a se massificar no mundo durante os anos 90, de modo que ainda não existe uma geração de internautas já falecidos. Mas pessoas que já morreram também podem ter problemas com suas contas on-line depois do falecimento, já que muitas informações sobre a sua vida ficarão na web depois que você partir desta para uma melhor. Que tipos de inconveniente pode haver?

Os principais, como seria de se imaginar, envolvem dinheiro. Mas não estamos falando apenas de seus cadastros online de conta bancária e cartão de crédito. Até Blogs e contas no Youtube, por exemplo, podem valer dinheiro atualmente, e após a morte do portador essas contas podem facilmente cair nas mãos de um hacker inescrupuloso que se apropria das informações contidas ali.

E pense em um sentido mais prático mesmo: algum dos seus parentes ou amigos, além de você, sabe a senha do seu e-mail, por exemplo? Se você falecesse de repente, sua caixa de e-mails poderia ser acessada por alguém de confiança ou estaria à mercê do primeiro que tivesse capacidade de invadi-la? A Live Science cita o caso de um militar americano, morto na Guerra do Iraque, cujos pais requisitaram acesso à conta dele do Yahoo e precisaram até entrar na justiça para conseguir.

A maioria das companhias provedoras de e-mail, redes sociais, Blogs, sites e informações financeiras na rede ainda não têm uma política muito bem definida para casos de falecimento. E os espaços disponíveis na web realmente valem dinheiro, mesmo que sejam poucas as páginas que valham uma quantia significativa e ainda menos gente saiba ganhar dinheiro com isso.

Pensando em soluções para esses inconvenientes, existem empresas que elegem um “guardião virtual” para suas contas online. Com pequenas diferenças, as companhias Entrustet, Madison e Legacy Locker, todas americanas, além da DataInherit, da Suíça, oferecem o serviço da seguinte forma: quando você se cadastra, deve incluir um herdeiro para suas contas na Internet. Caso você faleça, as contas são imediatamente transferidas para a pessoa escolhida. Há também a opção, nestes sites, de que todas suas contas sejam deletadas se você, literalmente, não der mais sinal de vida. Assim, não há preocupação em encontrar uma pessoa de confiança.

Criam-se assim estas duas alternativas: legar suas contas a alguém ou apagar todos os seus vestígios virtuais da face da Terra quando você se for. A recomendação da LiveScience é que você seja precavido e escolha uma destas. [LiveScience]

15 comentários

  • Roselane Ribeiro:

    QUANDO EU MORRER EU PENSO KKKK

  • Elizabeth:

    Não entendi como é que meus dados na internet podem me atingir depois que eu morrer. Morto não se preocupa com essas coisas, não.

  • Rodrigo:

    Ok, é uma boa idéia…

    Mas que tal ser mais simples e passar a senha pra alguém de confiança ? Tu bate as botas, ele acessa e exclui sua conta, pronto, grátis….

    Agora se você não tem nenhuma pessoa que possa contar, putz, se mate!

  • Franco Oliveira:

    Quando eu morrer, eu decido isso!

  • bronce:

    Por acaso gostava que ficasse um registo da minha pessoa, para no futuro quem quisesse ver, mas sem que alguém pudesse aceder ou alterar.

    Mas tipo, daqui a muito anos nunca se saberá o que vai acontecer a estes sites da actualidade, que poderão passar a obsoletos no futuro. É o caso da geocities. Haviam milhões de sites da geocities, mas entretanto, já foi tudo varrido da net. Poderá quem sabe existir nalgum disco guardado num cofre sem acesso por ninguém.

    Outro caso, no ano passado tentei me registar num site, reparei entretanto que já me tinha registado em 2003, só que o site tinha outro nome, mas os meus dados estavam lá. 😉

  • Marte:

    Depois que eu morrer, podem fazer o que quiser com minha vidinha virtual. Não vou estar nem aí.

    O problema mesmo é fazer isso enquanto estou vivo.

  • Ezio Jose:

    Esqueceram que dívidas contraídas por alguém que venha falecer vai para seus herdeiros ou consanguineos? É! Temos que pensar que as leis são feitas com dúbias interpretações para gerar empregos aos advogados.

  • Ich bin watashi:

    “Mas pessoas que já morreram também podem ter problemas”

    Como assim???

  • Júlia:

    Esse assunto é complicado, porque fala de um tema delicado e de um mundo virtual ‘real’ muito novo.. As pessoas podem ter um certo preconceito com essa abordagem, mas acho que é uma questão pertinente e que deve ser pensada com cuidado. Descobri que existe um serviço como esse no Brasil, que acredito ser o único até agora. O nome do serviço é Brevitas, e além de eles gerenciarem os seus bens virtuais, você também tem outros recursos disponíveis, como deixar mensagens prontas para serem enviadas depois que você morrer. Vale a pena conferir: http://www.brevitas.com.br

  • Vitor:

    Não ligo…..meu CPF, RG e outros papéis serão cancelados! E esses papéis não são virtuais, assim como uma nota de U$ 100.

  • Pedro Vaz_De_Angola:

    Amigo carlos, disseste que “Quando eu morrer, essa é a última coisa que eu não vou pensar”, uê, vc esqueceu que qndo vc estiver morto nem vais mais poder pensar em NADA?

    • D.D versao 2.0:

      Cara, a maioria da população ainda é religiosa (feia e pobre também, mas sempre com orgulho de serem humildes e a maioria), então acham que ainda vão pensar.

  • Admilson:

    De fato o assunto é relevante. Muitos classificam os atos na internet como virtuais, mas eu particularmente não concordo com este termo. Virtual dá a falsa impressão de inexistência, faz de conta, ou algo parecido. Os atos na internet são bem reais e como todos os demais atos da vida cotidiana, produzem efeitos (direitos e obrigações), inclusive após a morte. A preocupação com o assunto é pertinente.

  • Carlos:

    Quando eu morrer, essa é a última coisa que eu não vou pensar.

  • Luiz Alberto José Corrêa:

    É muito importante essa informação, visto que ninguém praticamente pensa ou fala sobre esse assunto.

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