Cientistas planejam entrar em contato com o exoplaneta mais próximo da Terra
Os cientistas do METI (Messaging Extraterrestrial Intelligence) estão fazendo preparativos para enviar uma transmissão para o Proxima b – o exoplaneta mais parecido com a Terra mais próximo do nosso sistema solar.
A equipe quer construir ou comprar um poderoso transmissor, e ainda está debatendo sobre o que colocar nessa mensagem – afinal, não queremos fazer uma má primeira impressão.
Financiamento
O plano do METI é semelhante ao de uma antiga missão da NASA, o Projeto Ciclope, que acabou arquivado na década de 1970 devido à falta de financiamento.
O projeto propunha a criação de uma rede de radiotelescópios na Terra para alcançar até 1.000 anos-luz no espaço. Os novos pesquisadores têm ambições semelhantes.
A organização sem fins lucrativos está planejando uma série de workshops e uma campanha de crowdfunding para tornar seu sonho em realidade – e estima-se que terão de levantar cerca de US$ 1 milhão por ano para executar o transmissor.
Até 2018, a equipe quer enviar sinais de laser ou rádio para Proxima b, que orbita Proxima Centauri, a estrela vizinha do nosso sol, a cerca de 4,25 anos-luz de distância.
Objetivos
Parte do trabalho do METI será descobrir o que devemos dizer nesta mensagem, e considerar a possibilidade de outras formas de vida terem desenvolvido as mesmas leis matemáticas e hipóteses científicas que temos.
Os pesquisadores também querem reavaliar a equação de Drake, desenvolvida em 1961 pelo astrofísico Frank Drake para calcular quantas outras civilizações poderia haver no universo, com base em fatores como taxas de formação de estrelas e proporção entre planetas e estrelas.
Riscos
Nem todos concordam que a transmissão de nossa existência para o desconhecido é uma ideia boa: em um artigo recente na Nature Physics, o físico Mark Buchanan argumentou que podemos estar “procurando problemas” se começarmos a enviar mensagens para o espaço.
Stephen Hawking concorda, argumentando recentemente que é muito arriscado tentar conversar com civilizações que provavelmente são muito mais avançadas do que nós. Podemos nos deparar com formas de vida que tenham a mesma opinião sobre nós que nós temos de bactérias.
Apesar da oposição, os especialistas do METI estão convencidos de que os benefícios de chegar ao espaço profundo e aprender mais sobre o nosso lugar no universo superam os riscos.
“O papel dos cientistas é testar hipóteses. Através do METI, podemos testar empiricamente a hipótese de que a transmissão de um sinal intencional provocará uma resposta”, afirmou o presidente da organização, Douglas Vakoch.
Inovação
Essa não é a primeira vez que enviamos mensagens para o vazio, mas o METI está planejando comunicações mais regulares que devem chegar mais longe do que nunca. [ScienceAlert]
2 comentários
A eventual resposta, só virá depois de ANOS.Não mandaremos bilhete e sim um longo texto.Devemos fazer isso, sim!Bactérias n/ enviam e-mail!
SE existirem ETs, demorarão a responder.Nossa mensagem deve ser LONGA, fácil de traduzir e mostrando NOSSA CULTURA, p/ eles.Devemos enviar!