Partido Pirata ganha eleição para parlamento europeu

Por , em 10.06.2009

Um partido político sueco, que tem como plataforma única a legalização do compartilhamento de arquivos na Internet, teve uma surpresa no dia 07 de junho, quando ganhou as eleições para um lugar no parlamento europeu. O Partido Pirata recebeu 7,1% dos votos na Suécia, e ganhou uma das 18 vagas do país no parlamento europeu.

O líder do partido, Rick Falkvinge, afirmou a um site de notícias sobre compartilhamento de arquivos que foi modificado o modo que a política é feita na Europa: “Os cidadãos perceberam que é hora de mudar as coisas”, disse.

O partido concentrado em apenas um problema foi criado em 2006, após a Suécia criar leis controversas, que criminalizaram o compartilhamento de arquivos. Em abril, quando os fundadores do partido foram condenados à prisão por violar direitos autorais, o Partido Pirata passou a ficar cada vez mais popular.

Logo após a condenação, Tomas Norström, o juiz que deu a sentença, foi retirado do caso por ter sido parcial, por ser um membro de grupos de proteção de direitos autorais. Ulrika Ihrfelt, outro juiz que trabalharia no caso, foi retirado da investigação pelo mesmo motivo que o primeiro.

O partido Pirata agora conta com 48 mil membros e pretende ganhar força para lutar contra as leis européias de direitos autorais e realizar uma reforma dos direitos digitais. [CNN]

1 comentário

  • Anton:

    A plataforma ideológica do Partido Pirata não é apenas a legalização do compartilhamento de arquivos por internet. Este, embora seja ainda legal ainda em muitos países, é apenas um dos aspectos.

    É, antes, a defesa das liberdades civis na internet, tais como a privacidade, a intimidade, o acesso irrestrito a conteúdo e a livre manifestação do pensamento.

    Esses sim, penso, são os verdadeiros ameaçados pela fúria legiferante que vêm sido desencadeada em todos os grandes países, por motivos dos mais escusos.

    Nesse contexto, inegável que interesses de empresários e governos convergem em muitos pontos: em princípio comuns, mas distintos em finalidade.

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