Peugeot quer vender carro híbrido movido à gasolina e ar comprimido
Não é novidade para ninguém que nós vivemos em um modelo de sociedade cujas bases estão lentamente ruindo. Já falamos aqui da iminente extinção do petróleo e as alternativas que os pesquisadores estão trabalhando para encontrar. O mesmo, mais cedo ou mais tarde, vai ter que acontecer em diversos outros setores e indústrias, especialmente naqueles que não prezam pela sustentabilidade. Como é, por exemplo, o caso da indústria automobilística.
Afinal, a quantidade de gases que os carros emitem é cada vez maior e, consequentemente, cada vez mais nociva ao meio ambiente. É a tal da crise climática do século 21. A coisa está toda cada vez mais séria. Se demorarmos muito para agir, talvez seja tarde demais.
Por isso que, de uns tempo para cá, passamos a ouvir mais sobre iniciativas como a de Hamburgo, segunda maior cidade da Alemanha, que vai banir todos os carros do centro da cidade até 2034. Ou da Ford, que desenvolveu um carro solar.
Agora, é a vez da Peugeot. A montadora francesa anunciou recentemente que, em dois anos, pretende começar a vender carros que usam nitrogênio comprimido como fonte parcial de combustível. O uso de ar comprimido não é exatamente uma nova tecnologia, mesmo para um carro. Mas a razão pela qual não é uma tecnologia amplamente usada pela indústria é que é preciso muita energia para comprimir o ar, o que torna o processo todo bastante discutível.
Nessa nova empreitada, a Peugeot, contudo, contornou esse problema usando a energia de um veículo em movimento para comprimir o nitrogênio em um tanque, onde um pistão é comprimido quando o carro está andando ou quando os freios são ativados.
Tecnicamente falando, não é o ar que move o carro, mas sim o fluido hidráulico. Quando a energia é necessária, o pistão dentro do tanque de nitrogênio trabalha de forma reversa, empurrando o fluido hidráulico através de um motor que gira as rodas do veículo. Assim, o carro está em constante movimento entre a adição da pressão para o nitrogênio no tanque e a liberação dos fluido.
Os representantes da Peugeot disseram à imprensa internacional que o carro vai funcionar melhor na cidade, devida ao fato de o carro parar e dar a largada constantemente. Eles também disseram que o carro vai custar menos que a média dos modelos gasolina/elétrico híbrido, e permitirá um rendimento de aproximadamente 190 km por galão.
Além disso, a forma como o sistema foi projetado permite que ele seja instalado em praticamente qualquer veículo híbrido. E mais: se o carro for bem sucedido, provavelmente será o mais verde na estrada, pois quando executado no modo de ar, terá zero emissões. [phys]
1 comentário
A gigante brasileira não vai deixar a população nem sonhar com isso.