Pianista de 17 anos inventa novo detector de minas terrestres

Por , em 4.04.2012

A estudante e pianista norte-americana Marian Bechtel, 17, mora no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde minas terrestres não são temas corriqueiros. Ainda assim, ela inventou um protótipo de um novo detector de minas terrestres.

O aparato, que custa consideravelmente menos que as tecnologias convencionais, usa ondas sonoras para descobrir onde as minas estão. A combinação de microfones sensíveis com um vibrador sísmico, conectado a um detector de metal, foi testada com sucesso em minas terrestres falsas. A invenção foi tão bem sucedida que chegou a figurar na final do concurso Intel Science Talent Search, de 2012.

Como Marian conta, a inspiração para o projeto veio de alguns amigos de seus pais e do seu instrumento favorito: o piano. “Há alguns anos, eu e meus pais, que são geólogos, entramos em contato com um grupo de cientistas que estava trabalhando no projeto Rascan, que visa desenvolver aparelhos de radar holográfico para detectar minas”, explica a garota. “Fiquei tocada pelas histórias que ouvi e decidi me envolver com a ciência e com a detecção de minas terrestres”.

Marian notou que, quando ela tocava certas cordas ou notas do piano, as cordas de um banjo próximo ressonavam. Por isso, ela decidiu aplicar o mesmo princípio para achar minas terrestres. Depois de três anos estudando acústica e falando com cientistas, ela conseguiu fabricar um protótipo.

A menina norte-americana contou com o auxílio do engenheiro eletrônico italiano Lorenzo Capineri, da Universidade de Florença, na Itália, e do empresário Sean Sennott, da empresa FDW Corp.

O aparato elaborado por Marian, portanto, parece chegar em uma boa hora, já que o sofrimento trazido pelas minas terrestres a países como Afeganistão, Vietnã, Camboja e Angola parece nunca ter fim. Segundo a Organização das Nações Unidas, estima-se que 2 mil pessoas são mortas todos os meses por minas terrestres ativas, que totalizam mais de 110 milhões, espalhadas por 68 países.

Os outros vencedores do prêmio da Intel são Nithin Tumma, de Michigan, EUA, com sua pesquisa sobre tratamentos para o câncer de mama, e Andrey Sushko, de Washington, por desenvolver um motor minúsculo para ser usado em micro robótica.[MSN]

3 comentários

  • Andhros:

    É sempre legal ver alguém que criou algo e o fez por motivação própria, com entusiasmo, e não apenas por trabalho ou remuneração!

  • Jairo Morales:

    Bonita e inteligente! Combinação rara hoje me dia 😉

    • Carlos Leão:

      Geralmente uma mulher bonita é tambem inteligente, a não ser que voce tome beleza como tamanho de bunda;

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