Estrelas de nêutrons em colisão podem criar novo tipo de onda gravitacional

Por , em 24.08.2017

Pesquisadores podem ter descoberto uma deformação sutil no tecido do espaço, resultante da colisão cataclísmica de duas estrelas de nêutrons.

Telescópios ópticos, incluindo o Telescópio Espacial Hubble, devem vasculhar a fonte da possível onda: uma galáxia elíptica a centenas de milhões de anos-luz de distância de nós.

Ondas gravitacionais

As ondas gravitacionais são marcadores dos eventos mais violentos do nosso universo, gerados quando objetos densos como buracos negros ou estrelas de nêutrons colidem com energia tremenda.

Dois experimentos – LIGO nos EUA e VIRGO na Europa – já detectaram pequenas mudanças no caminho dos raios laser causados pela passagem de ondas gravitacionais.

O LIGO detectou três fontes de ondas gravitacionais até o momento, todas de colisões de buracos negros.

Os dois experimentos têm coordenado a coleta de dados desde novembro, aumentando sua sensibilidade, e logo podem anunciar um novo tipo de onda gravitacional, resultado da colisão de estrelas de nêutrons.

Especulação

Durante o fim de semana, o astrônomo J. Craig Wheeler, da Universidade do Texas em Austin (EUA0, lançou especulações sobre uma potencial detecção nova do LIGO.

Ele sugeriu que os cientistas observaram a luz emitida pela fonte de onda gravitacional, o que por sua vez indica que essa fonte são estrelas de nêutrons, pois, ao contrário dos buracos negros, podem ser analisadas em comprimentos de onda visíveis.

O porta-voz do LIGO, David Shoemaker, não quis comentar os rumores, dizendo apenas que uma rodada de observação “muito emocionante” chegará ao fim em 25 de agosto, e a equipe deve publicar atualizações importantes.

Pistas

A especulação é focada na NGC 4993, uma galáxia a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância.

Ontem à noite, o Telescópio Espacial Hubble mudou seu foco para uma fusão de estrelas de nêutrons binárias dentro da galáxia.

Uma imagem publicamente disponível dessa fusão foi posteriormente excluída. [NewScientist]

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