Por que livros e filmes são melhores na segunda vez?

Por , em 7.03.2012

Quando você gosta de um livro, lê ele novamente? Gosta de ver e rever um filme várias vezes? Uma nova pesquisa revela porque as pessoas têm esse comportamento, gostando de repetir as mesmas experiências. Não se trata de um comportamento viciante ou ritualístico, mas de um esforço consciente para sondar camadas cada vez mais profundas do livro ou do filme, e ao mesmo tempo, refletir sobre nosso próprio crescimento através de um livro ou filme já conhecidos anteriormente.

Pesquisadores entrevistaram 23 pessoas. Eles descobriram que consumir um mesmo livro ou filme várias vezes não é somente uma tentativa nostálgica de recuperar o passado, mas sim uma busca por novos significados – que você pode não ter captado na primeira leitura ou na primeira vez que viu um filme.

Pesquisadores afirmam que experimentar uma mesma leitura ou filme pode oferecer inclusive muitos benefícios terapêuticos, pois é uma maneira de olhar e analisar a si mesmo através de jeitos diferentes, a partir de uma experiência pela qual já havíamos passado. Isso pode trazer oportunidades importantes de autorreflexão. A maneira como pensávamos da primeira vez que vimos um filme pode mudar na segunda ou décima vez.

Por exemplo, um dos participantes do estudo era um ministro de igreja que regularmente relê a Bíblia. Ele disse que algumas vezes interpreta passagens familiares de maneiras diferentes, e, consequentemente, altera os pontos de vista que poderia ter exposto anteriormente. Para muitos, isso é um sinal de crescimento.

As novas descobertas têm implicações profundas na comercialização de livros e filmes. Afinal, os marqueteiros sempre buscam criar o novo, e com isso experiências de sucesso antigas podem passar despercebidas. Muitas indústrias estão relançando vários filmes antigos no cinema, ou criando novas versões de livros.

O estudo tem implicações psicológicas também. Muitas pessoas podem julgar como estranho quem lê um livro ou vê um filme várias vezes, mas essas experiências podem ser terapêuticas e devem ser incentivadas. Com tanto progresso e tecnologia, somos empurrados sempre para novidades. Mas refazer as mesmas leituras e ver os mesmos filmes não tem problema nenhum. Pelo contrário, é divertido e saudável para nossa mente. [MSN]

11 comentários

  • gloria:

    Adoro assistir Os Pioneiros no TCM, a musica de cow boy me deixe muito contente,Charles Ingall lembra meu pai quando jovem, seus atos, suas lições de vida junto c\ a esposa c\ as filhas é igual a nossa familia na minha infancia. mesmo q sejam repetidos eu adoro, nesse seriado tem muito da minha infancia, na primeira tv em nossa casa, Outro q eu adoro é os Walltom, a vida da familia nas montanhas o vôvo Walttom toda noite ele diz ao terminar o episódio”Boa noite Jonh Boy, boa noite Mary Ellem” e vai dando bôa noite a todo os membros da família e a música simbolo dos Walltom tocando até apagar na tela da tv,são coisas q nunca vou me cansar de ver.

  • prefiro noticia nova:

    Sem chance, noticia velha, tô fora. A única mídia que eu repito várias vêzes, são revistas de decoração, pois a cada ocasião que folheio observo contextos diferentes.

    • Magda Patalógica:

      Pois então, aqui vai uma NOTÍCIA NOVA procê:

      Quanto tu chegares na velhice, vais dizer:
      “_Sem chance, noticia nova, tô fora”.

      E vais viver das notícias velhas, ouvir velhas e antigas músicas da década de 2012, velhas revistas e velhos filmes de 70 anos atrás.

      Acontece com todo mundo, kra.

      Fui

  • Eurekaaaaaa… Descobriram a pólvora!:

    O nome disso é RE-LEITURA.

    Minha avó (professora primária) sempre nos ensinava que devemos reler os livros e re-assistir filmes.

    Nada mais óbvio raciocinar que as pessoas mudam, crescem e a cada releitura, novas descobertas.

    Nos filmes então, nem se fala.
    Enquanto você está preocupada em ler as legendas, já perdeu muito da linguagem embutida nas imagens, nas expressões e nas intenções das falas.

    Eu já assisti trocentas vezes ao filme “2001 Uma Odisséia no Espaço” e juro que até hoje naun consegui entender aquele bendito final.

    Das duas, uma:
    1. Ou o roteirista e o diretor não conseguiram “passar” a idéia do autor do livro
    2. Ou eu sou burra, mesmo.

    Fui… baixar o dito cujo prá ver se assistindo pela milhonésima vez, eu consigo sacar a mensagem, antes de desistir de vez.

    Se alguém conseguiu entender aquele final, rogo que por caridade, instrua essa pobre demente aqui… please.

  • Flor de Lis:

    Já tinha observado que quando releio um livro ou revejo um filme me vem um outro olhar que na primeira vez eu não tive, e por consequência, posso analisar a situação de um outro ângulo. Acho que é legal levar essa “tática” (digamos assim) pro dia-a-dia; porque daí podemos ver a questão por vários ângulos antes de tomar uma decisão precipitada por exemplo. Hoje terminei de ler um livro de Ágatha Christie (Um passe de mágica) e o achei bastante interessante; excelente leitura e ótimo enredo; muito inteligente e envolvente. Quem quiser se deliciar também, recomendo.

  • Kaio:

    A Sessão da Tarde fazia essa terapia comigo, vezes e mais vezes vendo A Lagoa Azul e De Volta à Laga Azul.

    Ótima Terapia

  • kayane:

    q interessante!!!eu sempre releio e revejo os filmes uma 500 vezes!!!agora intendi o prq!!kkk
    bj

  • Paulo Eduardo:

    Livros e filmes são como “combustíveis” para a sabedoria, quanto mais você lê e assiste, mais enche o “tanque”!!

  • Angel:

    Ah eu amo ver filmes repetidos, desde que sejam bons,claro.
    Livros também sempre leio os meus várias vezes, a cada vez da pra perceber coisas que antes passaram em branco. =D

    • Irmãs Leocádio:

      Também gosto muito de ver filmes (BONS) muitas vezes. Leio os mesmos trechos de alguns livros tantas vezes que chego quase a decorá-los. Isso faz com que eu veja outros pontos de vista. E é claro, cada vez gostar mais do filme ou livro.

  • Jardel:

    Já tinha reparado nisso. Esses dias fui atrás de um livro que peguei no começo do ano passado na biblioteca para reler e não achei. Uma pena, quero ver o quanto posso ter mudado de visão ou compreensão das coisas.

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