Possível fragmento mais antigo da “Odisseia” de Homero é descoberto na Grécia

Por , em 13.07.2018

Arqueólogos descobriram um tablete de argila que pode ser um dos mais antigos fragmentos escritos da “Odisseia” de Homero.

O achado ocorreu em Olímpia, lar de um dos mais importantes santuários religiosos da Grécia antiga, e local das Olimpíadas originais.

O Ministério da Cultura grego anunciou que a placa de terracota contém 13 versos do poema épico. Ela foi descoberta em uma pilha de telhas, tijolos, pedras e outros vestígios do período romano, não muito longe do Santuário de Olímpia.

Os pesquisadores ainda estão trabalhando em uma interpretação do tablete e seu propósito, embora acreditem que tenha sido criado antes do terceiro século dC.

Santuário

De 2015 a 2017, o Ministério da Cultura da Grécia ao lado de diversos pesquisadores alemães guiou um projeto de pesquisa geoarqueológica para investigar a área em torno dos templos religiosos e edifícios que compõem o Santuário de Olímpia.

“O tablete não pode ser diretamente conectado ao santuário, pelo menos por enquanto, pois não foi encontrado dentro de seus limites”, disse Erophili Kollia, arqueóloga do Ministério da Cultura e diretora do projeto, ao portal Live Science. “Além disso, não há paralelo de uma oferenda semelhante no santuário”.

A inscrição contém os primeiros 13 versos da 14ª rapsódia da “Odisseia”, e representa o mais antigo fragmento escrito conhecido com os versos de 1 a 8.

O texto recém-descoberto tem algumas pequenas diferenças em relação a versões posteriores, mas os cientistas não deram detalhes, uma vez que o estudo ainda está em andamento.

A 14ª rapsódia

Na 14º rapsódia da “Odisseia”, Ulisses chega à sua casa, Ítaca, após uma jornada de 10 anos depois de sua participação na Guerra de Tróia, e se dirige a seu fiel servo Eumaeus, que não o reconhece.

Uma das mais antigas obras existentes na literatura ocidental, acredita-se que a “Odisseia” foi composta por Homero no século VIII aC.

O poema épico foi transmitido através da tradição oral até que suas 12.000 linhas foram registradas por escrito. [LiveScience]

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