Quando políticos falam os eleitores ouvem apenas o que querem
Neste ano de eleição, uma pesquisa mostra um fato incrível: políticos não precisam falar apenas o que os eleitores querem ouvir, já que os eleitores interpretam tudo o que eles dizem de acordo com suas próprias idéias. Ou seja, os eleitores “filtram” as informações e ouvem apenas o que querem.
Os autores do estudo mostram que é possível que dois grupos com visões diferentes interpretem de forma completamente distinta a mesma informação.
Três grupos de pessoas foram formados (os que se descreviam como democratas, como republicanos e como independentes) e, de forma aleatória, eles receberam o mesmo artigo que falava sobre diabetes (um tema neutro). O artigo dizia que as causas da diabete poderiam ser genéticas, relacionadas a escolhas individuais ou relacionadas ao ambiente social dos doentes.
Os democratas e os independentes concordaram mais com a explicação do ambiente social, enquanto isso não fez diferença para os republicanos.
Os democratas também foram favoráveis à uma dieta restritiva para amenizar os efeitos da diabete, enquanto os outros grupos não.
A conclusão dos especialistas é que importa menos o que os políticos falam do que as interpretações que os eleitores fazem das informações. [Scientific Bloggin]
6 comentários
um conselho:nunca confie num politico por mais que seja honesto
nao confie nesses seres!!!!!!!!!!!!!!!!!
É… por isso que brasileiros elegem esses políticos que temos… eles não ouvem o que precisam ouvir.
Concordo com a conclusão mesmo sem a pesquisa. Porém achei a conclusão do experimento um pouco forçada. Assim como tendemos a acreditar nos políticos que queremos, também tendemos a acreditar nas pesquisas que queremos, principalmente quando elas dizem ter um “embasamento científico”.
Isso é óbvio.
É preciso filtrar mesmo. Já tentaram prestar atenção ao discurso completo de políticos por aí? Isso fica evidente nas entrevistas que vemos na TV: o repórter pergunta, o político desconversa, fala de outro assunto, faz rodeios, repete N vezes a mesma frase com palavras diferentes e não responde a pergunta. E o que se aproveita? Quase nada, é um festival prolixo que deve ser feito para confundir a opinião pública…
E pensando que, no Brasil, evita-se ao máximo votar leis a favor da educação, cultura e senso crítico do povo… por que será?
Já imaginaram se fosse obrigatório o uso de detector de mentiras nas entrevistas e debates dos políticos e candidatos? Dificilmente algum conseguiria sequer formar uma frase inteira, sem ser interrompido pelo temível “bip”.