Sonda da Nasa ficou a 75 metros de distância da superfície de asteroide e as fotos são épicas
A primeira sonda de coleta de amostras de asteroides da Nasa, OSIRIS-REx, se prepara para coletar amostra do asteroide Bennu. Esse processo envolve uma série de passos meticulosos. Portanto, recentemente a sonda realizou uma série de manobras de ensaio e cada uma delas a deixou mais próxima da superfície de Bennu, antes de retornar à órbita.
A manobra mais recente, chamada Checkpoint, deixou a sonda a 75 metros da superfície do asteroide. Anteriormente ela já havia ficado a distâncias de 620 e 250 metros. A última manobra recebeu esse nome porque o sistema autônomo da sonda checará sua posição, velocidade e ajustará a trajetória antes de ajustar a trajetória para o local da manobra seguinte.
Checar posição
Como é um ensaio, depois de atingir o Checkpoint, a sonda voltou para a órbita com distância segura do asteroide. Durante essas aproximações a sonda registra imagens do local onde serão coletadas amostras. Essas imagens ficam registradas no sistema responsável pela orientação. Assim é possível evitar possíveis perigos.
Quando chegar o momento da manobra para coleta de amostras, a OSIRIS-REx fará comparação entre imagens armazenadas e as registradas em tempo real. Essa comparação guiará a sonda até o local de coleta.
O mecanismo de amostragem também foi testado durante a última manobra e outros instrumentos coletaram dados.
A sonda mantém órbita segura a um quilômetro de distância do asteroide. Depois de deixar essa posição, ela levou quatro horas para atingir 125 metros da superfície do Bennu onde realizou a manobra Checkpoint.
Desse ponto, a sonda continuou a aproximação por mais nove minutos em direção ao local onde será realizada a terceira manobra chamada Matchpoint sem, no entanto, atingir o local. Ao atingir 75 metros de distância do asteroide, a sonda retornou para sua órbita.
Coleta de amostras
Quando chegar o momento da coleta, a sonda descerá até a superfície, mas não irá tocá-la. O braço de amostragem se estenderá e soprará nitrogênio para dispersar a poeira do asteroide. O nitrogênio vai propelir pequenos pedaços de regolito para dentro da cabeça do instrumento de coleta de amostras.
O objetivo é coletar 60 gramas de material em partículas com menos de 2 centímetros. A sonda tem combustível suficiente para diversas tentativas e nitrogênio suficiente para três tentativas de coleta de amostras. A última manobra realizada também permitiu verificar que o sistema de orientação da sonda está funcionando corretamente, além do sistema de voo durante a descida.
A primeira tentativa de coleta de amostra da OSIRIS-REx está prevista para dia 25 de agosto. Quando o sistema de amostragem deverá tocar a superfície por aproximadamente cinco segundos para realizar o procedimento. A amostra deve chegar à Terra em 24 de setembro de 2023, se tudo correr dentro do previsto. [Science Alert, OSIRIS-REx]