Capitão da marinha russa diz que marinheiros de submarino evitaram “catástrofe planetária”
No início do mês de julho um submarino russo pegou fogo durante uma missão de reconhecimento de solo marinho perto do Ártico e matou 14 marinheiros a bordo. O governo russo, porém, manteve o acidente em segredo por mais dois dias inteiros e nunca esclareceu muito bem o que aconteceu, para proteger as missões da marinha russa.
Várias fontes especulam que a embarcação era um AS-12 Losharik, um submarino movido a energia nuclear projetado para cortar cabos submarinos de internet que passam no fundo dos oceanos. O submarino já estava em uso desde 2013, mas o governo russo nunca confirmou sua função.
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De acordo com o Bloomberg, Segei Pavlov, um capitão da marinha, fez uma declaração bastante assustadora e mal explicada no funeral dos marinheiros que aconteceu no último sábado (6). Ele teria afirmado que os marinheiros haviam sido heróis: “com as vidas deles, [eles] salvaram seus companheiros, salvaram o navio e impediram uma catástrofe de escala planetária”.
Ele não esclareceu se ele estava se referindo ao potencial de vazamento de radiação causado pelo incêndio ou se os marinheiros evitaram outro tipo de crise. Autoridades norueguesas anunciaram que fizeram medições de radiação na região do acidente e não detectaram qualquer radiação anormal.
Mais detalhes sobre esta afirmação não foram fornecidos por veículos oficiais russos.
A principal causa do incêndio aconteceu no compartimento de bateria do submarino, afirmou o Ministro de Defesa Sergei Shoigu. “O reator nuclear da embarcação está completamente isolado. Todas as medidas necessárias foram tomadas pelos marinheiros para proteger o reator, que está em total condição de funcionamento”.
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A mídia russa anunciou previamente que esse submarino é utilizado em operações em profundidades onde submarinos comuns não conseguem operar.
Toda essa demora do governo russo em liberar informações sobre o acidente faz um paralelo com o acidente de 2000, em que um acidente no submarino movido a energia nuclear Kursk matou 118 marinheiros. Na ocasião amplamente noticiada por dias, o governo russo não permitiu a ajuda de nenhum outro país para tentar salvar a vida dessas pessoas. [The Moscow Times, Futurism, Futurism, The Guardian, Bloomberg]