Cerca de doze casas tiveram que ser abandonadas quando um sumidouro gigante se abriu no condomínio Hideaway Hills na cidade de Black Hawk, em Dakota do Sul, nos EUA.
O chão começou a ceder no último 27 de abril. Depois do surgimento do buraco, uma incerteza tomou conta dos moradores locais, que não sabiam se suas residências estavam em risco.
Enquanto as autoridades tentavam descobrir como isso poderia ter acontecido, exploradores de um grupo local de espeleologia chamado “Paha Sapa Grotto” se ofereceram para dar uma olhada no interior da cratera, determinando que se tratava de uma mina de gesso abandonada.
O tamanho do problema
O “Paha Sapa Grotto” faz parte da Sociedade Nacional de Espeleologia dos EUA, líder mundial em exploração e conservação espeleológica. Espeleologia é o estudo da formação e constituição de grutas e cavernas naturais.
“Quando ouvimos falar do sumidouro, sabíamos que estava localizado em uma unidade geológica que potencialmente tinha cavernas. Também sabíamos que o serviço emergencial local não teria experiência nessa área, então nos oferecemos para ajudar a determinar o escopo do problema”, contou Nick Anderson, membro do “Paha Sapa Grotto”, ao Bored Panda.
“Ao entrar, percebemos imediatamente que era uma mina de gesso abandonada e não uma caverna. O cômodo no qual entramos tinha 4,5 metros de altura e 18 metros de largura. Demos uma olhada rápida e saímos”, complementou.
Os espeleólogos reuniram duas equipes de exploradores e retornaram no dia seguinte com ferramentas para tentar mapear a mina. “Determinamos que ela tinha mais de 600 metros de comprimento e mais de 45 metros de largura. Estava diretamente embaixo de pelo menos 12 casas”, informou Anderson.
O grupo não pode explorar todos os cantos da mina em segurança, de forma que sua extensão total ainda é desconhecida. “Existem passagens desmoronadas, inundadas ou perigosas demais para entrar”, esclareceu Anderson.
Processo legal
Devido a esse “inconveniente”, os moradores de Hideaway Hills estão processando o governo do condado de Meade, onde fica a cidade, o governo estadual de Dakota do Sul e os desenvolvedores do condomínio por mais de US$ 75.000 (cerca de R$ 393 mil, no câmbio atual).
O processo, em nome de 119 proprietários, também inclui denúncias contra empresas e agentes imobiliários envolvidos na venda dos imóveis e advogados de proprietários anteriores.
Atualmente, o município está tentando obter doações para ajudar a cobrir o valor das casas agora inutilizáveis. [BoredPanda]