Vestido do século 17 milagrosamente preservado no fundo do mar é encontrado intacto
Arqueólogos marítimos que trabalham ao largo da costa da Holanda recuperaram um tesouro notável de artefatos bem preservados de um navio que afundou há quase 400 anos. Entre os itens está um lindo vestido de seda que provavelmente pertencia à realeza.
Em agosto de 2014, os mergulhadores do Texel Diving Club descobriram um pacote modesto no local de um conhecido acidente enterrado nas areias no fundo do mar de Wadden. Só quando eles trouxeram o pacote para a superfície que eles perceberam o que tinham encontrado: um tesouro de tecidos antigos incrivelmente bem preservados. Esta verdadeira cápsula do tempo tinha ficado confinada na areia por quase 400 anos, imune aos efeitos nocivos do oxigênio e dos ataques de animais marinhos. De acordo com um oficial, é uma das descobertas marítimas mais significativas já feitas.
Arqueólogos do Skil Museu Kaap, na Holanda, vêm analisando o conteúdo desde então. As autoridades do museu divulgaram as conclusões ao público somente agora, a fim de proteger o local contra supostos intrusos.
O vestido extraordinariamente bem preservado é feito de damasco, um tecido de alta qualidade feito de seda. Ele possui um corpete com mangas largas e coberturas de luvas, e uma saia plissada completa que foi aberta na frente. Seu estilo é uma reminiscência daqueles vistos em pinturas do início do século 17.
Uma vez que não apresenta qualquer prata extravagante ou bordados de ouro, os especialistas acreditam que o vestido com estampa de flor foi destinado para uso no dia a dia. Dito isto, a alta qualidade do vestido sugere que provavelmente pertencia a uma nobre, ou até mesmo a alguém da realeza. Um livro com capa de couro também foi encontrado no pacote carregando o brasão de armas do rei britânico Charles I. Isto sugere que algumas das cargas podem ter pertencido à família Stuart, da Inglaterra.
O pacote também continha uma jaqueta, meias de seda e corpetes de seda tecidos com fios de ouro e prata (definitivamente não para o uso no dia a dia). Todas as peças eram do mesmo tamanho, o que sugere que todas pertenciam a uma mulher. Outros itens incluíam um pente para piolhos, cerâmica italiana, pomanders (esferas com cheiro agradável para compensar o mau cheiro), e um monte de livros encadernados em couro, alguns com fechaduras.
O vestido e os outros itens estão em exibição em uma exposição especial de um mês no museu. Depois de 16 de maio, os artefatos serão devolvidos aos arqueólogos para um estudo mais aprofundado. [Gizmodo]