A ciência de sair da zona de conforto

Por , em 7.07.2013

Manter uma rotina é importante (afinal, um dia-a-dia excessivamente imprevisível pode acabar com a sua paz de espírito), mas quebrá-la de vez em quando também. Alan Henry, do site Lifehacker, preparou uma espécie de “guia” para quem quer sair da mesmice sem se desgastar mais do que o necessário.

A zona de conforto

A ideia da zona de conforto (um conjunto de comportamentos e atividades que fazem parte de uma rotina e que diminui seus níveis de estresse e ansiedade) já existe há algum tempo: em 1908, os psicólogos Robert M. Yerkes e John D. Dodson afirmaram que um relativo nível de conforto poderia gerar uma performance estável, e que, para melhorar essa performance, seria necessário enfrentar um certo nível de estresse (fenômeno que ficou conhecido como “lei de Yerkes-Dodson”). Contudo, se o estresse ultrapassar um determinado limite (que varia de acordo com a pessoa), a performance tende a piorar.

Em suma, a zona de conforto é importante, mas se limitar a ela pode resultar em mediocridade com o passar do tempo, seja na vida profissional, seja na vida pessoal.

Por que sair?

Henry enumera alguns benefícios que você pode ganhar ao sair da zona de conforto:

Aumento na produtividade – Sem prazos ou recursos limitados, a tendência é que não nos esforcemos mais do que o suficiente para dar conta das nossas obrigações – e dizer que está “ocupado demais para novidades” também pode ser reflexo de uma acomodação na zona de conforto. Novos desafios podem lhe motivar a ser mais produtivo, pois exigem maior esforço e, ao mesmo tempo, despertam interesse.
Maior capacidade para lidar com o inesperado – O professor Brené Brown, da Universidade de Houston (EUA), destaca que é muito perigoso fingir que medo e incerteza não existem – e esse erro é comum quando estamos “seguros demais” em uma rotina. Quando nos abrimos a novidades e à possibilidade de as coisas não saírem conforme o planejado, exercitamos nossa capacidade de improviso e de lidar com imprevistos.
Expansão de limites – A prática eleva a capacidade, e isso acontece também na busca por novas experiências: quanto mais você sair da sua zona de conforto, mais fácil será buscar coisas novas.
Maior criatividade – Ao fugir da rotina, você pode adquirir conhecimentos, habilidades, experiências. Com mais “bagagem” em mãos, você terá mais facilidade na hora de pensar em novas maneiras de solucionar problemas.

Pequenos passos

Não é preciso ir muito longe na hora de buscar novas experiências. Coisas pequenas, como almoçar em um restaurante diferente, mudar temporariamente sua dieta, assistir a um filme que você normalmente não veria ou ler um livro de um gênero com o qual você não está acostumado já ajuda a quebrar a rotina. É claro que, se você tiver a oportunidade de fazer algo maior (como viajar para outra cidade, outro estado ou mesmo outro país), aproveite.

Henry também sugere que você experimente novas atitudes: se for uma pessoa que demora para tomar uma decisão, tente se arriscar e decidir algo sem demora, confiando no seu instinto; se for impulsivo, experimente gastar mais tempo do que o normal ao refletir sobre uma questão; se é tímido, arrisque uma conversa; se é extrovertido, tente dar mais chance para outra pessoa falar.

Vale destacar que a ideia é fugir um pouco da zona de conforto, e não abandoná-la totalmente. É essencial ter um “porto seguro” em que você possa refletir sobre o que aprendeu e o que experimentou enquanto estava “fora”. Arrisque-se, fique desconfortável de vez em quando, mas não exagere.[Lifehacker]

1 comentário

  • grasisuperstar:

    A zona de conforto é bom, mas as vezes cansa …sair da rotina de vez em quando é bom mesmo.

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