Antibióticos estão perdendo a eficácia em uma taxa alarmante e irreversível

Por , em 20.11.2012

Médicos devem pensar duas vezes antes de receitar antibióticos. E nós, antes de iniciar esse tipo de tratamento. O uso desses medicamentos em casos desnecessários está fazendo com que diversas variedades de bactérias se tornem resistentes aos antibióticos modernos.

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Para a professora Dame Sally Davies, que é uma das maiores autoridades médicas do mundo e principal consultora do governo britânico para assuntos de saúde, esse problema é uma das maiores ameaças atuais para a saúde humana.

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A médica britânica fez um apelo na semana passada para que os médicos não indiquem antibióticos desenfreadamente e de maneira equivocada.

De acordo com Davies, os antibióticos estão perdendo a eficácia em uma taxa alarmante e irreversível. O uso desnecessário desses medicamentos em casos de infecções leves ajuda a aumentar a resistência de algumas bactérias, como a E. coli (causadora de infecções alimentares, apendicite, meningite, entre outras doenças) e a gonococo (causadora da gonorreia).

“As bactérias estão se adaptando e encontrando formas de sobreviver aos efeitos dos antibióticos. Elas estão se tornando resistentes e os tratamentos não fazem mais efeito”, explicou Davies. O problema ainda seria agravado pelo fato de que, atualmente, são desenvolvidas relativamente poucas novas variedades de antibióticos. [DailyMail/BBC]

6 comentários

  • D. R.:

    Acho que os governos já deveriam ter tomado alguma medida mais radical a respeito desse assunto; como, por exemplo, campanhas de esclarecimento à população (o que, infelizmente, penso que não tem muita eficácia) e a obrigatoriedade de receita especial para compra de tais medicamentos.

    De minha parte, só tomo mesmo em último caso; porém, em minha família mesmo e em várias outras que conheço, o uso indiscriminado de antibióticos sempre foi coisa banal.

    • jodeja:

      Oi D. R. Concordo plenamente com você, mas acontece que os laboratórios farmacêuticos são poderosos e controlam totalmente a mídia, aí, fica difícil. Cada um tem que procurar ter conhecimento pra saber o que fazer. Também só uso isso em último caso.
      No vegetarianismo encontra-se maneira de usar menos os antibióticos.

  • W.Neves:

    Olá Stephanie.

    Excelente artigo. Devemos divulgar mais esta crise que se anuncia.

    Veja o excelente artigo em portugues publicado em 2002 pela Dra. Gro Harlem Brundtland, ex-diretora da WHO. em:

    http://www.ccih.med.br/vencendoresistencia.html

    Onde estão apresentados claramente os problemas que você menciona.

  • Jean P. Carvalho:

    Sim. Compensa muito mais apostar em alimentos q. estimulem o sistema imunológico do indivíduo, do q. apostar em medicamentos que, prometendo acabar c/ a doença, acabam atacando o doente tbém, causando muitas vezes “efeitos colaterais”, às vezes até piores do q. o mal-estar original… Se nossa alimentação fosse melhor, teríamos de tomar menos remédios… deve ser por isso q. há tanta porcaria p/ se comer e tomar por aí, e poucas ou nenhuma campanha p/ se controlar isto…

  • Pedro Teixeira:

    Meu filho ficava muito gripado, tomava remédio para tosse e antibiótico, sobretudo no inverno. Depois que começou a usar extrato de própolis, principalmente como prevenção, não gastei mais dinheiro com farmácia. Simplesmente não fica doente. Também uso, toda vez que percebo que um resfriado se aproxima e ele nem chega. Não sei até que ponto isso é recomendável, porque parece que algumas pessoas são alérgicas ao própolis, mas comigo é quase uma coisa milagrosa. Além de tudo, não apresenta os efeitos colaterais de antibióticos, como urina escura, gosto ruim na boca e agressão ao estômago.

    • Eneida Melo:

      O própolis é um antibiótico natural, e também pode perder eficácia ao ser usado como prevenção. Use apenas quando necessário.

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