Anticoncepcional é mesmo seguro?

Por , em 11.05.2009

Poucos avanços na indústria farmacêutica conseguiram moldar tanto a cultura humana quanto a pílula anticoncepcional. No entanto, ainda há debate sobre os efeitos do contraceptivo.

Apresentada em 1960 para os estadunidenses, a “pílula” libertou uma geração de mulheres do medo de uma gravidez indesejável e permitiu uma exploração da sexualidade que, até então, era inimaginável.

Em 2002, de acordo com dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças, 11,6 milhões de estadunidenses estavam fazendo tratamento com o anticoncepcional. Uma outra pesquisa mostrou que 80% delas usaram a pílula pelo menos por algum período de suas vidas.

Mas o que, exatamente, estas mulheres estão colocando em seus corpos e que efeitos as substâncias contidas na pílula podem ter?

Confira, abaixo, os benefícios e os possíveis riscos de tomar anticoncepcional:

Benefícios:

O efeito mais óbvio da pílula é a supressão da ovulação. Os dois tipos de hormônios normalmente encontrados na pílula são o estrogênio e a progesterona que fazem com que um óvulo não se desenvolva completamente aquele mês. Além disso, as substâncias mudam a configuração do útero para que, se o óvulo chegasse a se desenvolver, não conseguiria fixar-se na parede do órgão – ele escorregaria junto com a menstruação.

Além disso, há outros benefícios. Estudos mostraram que anticoncepcionais orais podem diminuir a chance de que a mulher desenvolva câncer nos ovários e no útero. Também reduz sintomas de TPM, reduzindo riscos de desenvolvimento de esclerose múltipla e de perda de cabelo.

Em 2007, um estudo na Suécia mostrou que a pílula pode ser usada até mesmo para tratar bulimia.

Riscos:

A pílula também tem seus efeitos negativos. O relacionamento do anticoncepcional com entupimentos de veias e infartos e derrames é conhecido e bem documentado. Os riscos são maiores quando a mulher é fumante – particularmente, uma fumante com mais de 35 anos de idade.

Também há riscos de que mulheres na idade de pré-menopausa desenvolvam câncer de mama. O risco de câncer cervical também aumenta.

As mulheres que fazem uso do tratamento podem ter, além disso, disfunções sexuais – queda no desejo sexual, problemas de lubrificação na vagina e uma maior dor durante o ato sexual.

É crucial atribuir esses problemas aos tratamentos com pílula e não só a problemas psicológicos.

Uma escolha informada

O funcionamento da pílula a torna o tratamento ideal para algumas mulheres. Outras, preferem não arriscar sua saúde. Dados mostram que as mortes entre mulheres com 35 a 44 anos aumentaram desde 2000 – e esse aumento pode ter sido causado pelo uso da pílula. [Live Science]

1 comentário

  • Zeca:

    As desvantagens deviam ser melhor estudadas e apresentadas ao público, porque é bem provável que as mulheres tomem a pilula sem sequer ter a noção dos possiveis efeitos secundários!

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