Encontrados crânios deformados em cemitério mexicano de 1.000 anos

Por , em 19.12.2012

Próximo à pequena vila mexicana de Onavas, no estado de Sonora, foi feita uma descoberta arqueológica intrigante: 25 esqueletos, sendo que 18 têm deformações provocadas artificialmente. Esta é a primeira evidência já encontrada dessas práticas entre os povos daquela região do México – outras haviam sido encontradas em regiões ao sul, mas não no norte do país.

Dos esqueletos, 13 tinham o crânio deformado, resultado de um processo em que tábuas de madeira eram usadas para pressionar o crânio de crianças de um mês até elas completarem seis meses de idade. Outros cinco esqueletos apresentaram deformações nos dentes, também provocadas de modo artificial.

“Deformação craniana em culturas mesoamericanas era usada para diferenciar um grupo social, e para propósitos de rituais, enquanto a mutilação dentária em culturas como a de Nayarit era vista como um rito de passagem para a adolescência”, explica a arqueóloga Cristina Garcia Moreno, diretora do projeto que encontrou o cemitério.

“Isso pode ser confirmado pelas evidências encontradas no cemitério de Sonora, em que os cinco corpos com mutilação dentária eram de pessoas com mais de 12 anos”, completa. De todos os esqueletos, apenas oito pertenciam a adultos: os demais eram de crianças a partir de 5 meses até adolescentes de 16 anos – e o fato de não terem sido detectadas doenças aparentes sugere que vários morreram justamente por causa de uma prática de deformação craniana feita de modo descuidado.

Além das deformações, muitos dos esqueletos carregavam acessórios, como brincos, braceletes, anéis e colares de conchas (encontradas no Golfo da Califórnia) – um deles, inclusive, foi enterrado junto com um casco de tartaruga. Curiosamente, não havia nenhum tipo de caixão ou mesmo oferenda, o que contrariou as expectativas dos arqueólogos.

Embora os acessórios e as deformações tivessem um caráter de distinção, “nesse caso você não consegue reconhecer qualquer diferença social, pois os enterros parecem ter as mesmas características”, explica a arqueóloga. “Também não conseguimos determinar por que alguns usavam ornamentos e outros não, ou por que, entre os 25 esqueletos, apenas um era de mulher”. Assim, os restos, que datam do ano 943, ainda guardam muitos mistérios.[PastHorizons] [io9]

12 comentários

  • Luis Wilker Jr.:

    O costume de alongar o crânio como forma de diferenciação social é largamente conhecido e foi, diga-se de passagem, comum no mundo inteiro. Mas notem a diferença entre as órbitas oculares deste crânio e as de um crânio comum, além da cavidade nasal e os dentes intactos também. A título de comparação, para ajudar quem não consegue vislumbrar a imagem de um crânio alongado, porém com características comuns, sugiro que vá até o google imagens e procurem por “crânios alongados”. Feito isso, percebam que apesar de alongados, as características do que seria o “rosto” do indivíduo continuam semelhantes às de um crânio convencional. Já sobre arqueólogos e antropólogos não exibirem isto ao mundo como um crânio de uma espécie não humana, não tenho teses plausíveis, mas tenho certeza de que escondem algumas “verdades”..

    • Luis Wilker Jr.:

      Resumindo… Várias coisas não batem! Primeiro a órbita ocular não é circular como a dos primatas, é estreita e longa. Outra, notem bem no meio do crânio uma linha óssea que se origina na cavidade nasal e se prolonga até o fim do crânio, parecendo uma crista óssea, e a cavidade auricular não está aparente… Há algo muito errado nisso tudo!!!

  • Vilson Censi:

    Este crânio é muito parecido com os que foram encontrados no Egito, mas a fisionomia do rosto é diferente. Os crânios do Egito pertencem a seres extraterrestres chamados de Annunakis e tem rosto similar ao humano mas com crânio alongado (pesquisem desenhos deixados pelos egípcios). Na minha opinião este crânio também não é humano! Como conseguiriam deformar a ossada do rosto tão perfeitamente? Mesmo que tivessem sido deformados, pereceriam humanos, mas não é o que se ve nesta foto!

  • Marte:

    Pelo tamanho do universo é impossível não existir.

  • Livia Fiuza da Silva:

    Um importante achado!
    Que o diga os antropologos!

  • Alex Sander:

    Muito interessante, Crânios assim foram encontrado no antigo Egito,Sibéria,Malta,Ilhas do Pacifico ,America central e do Sul,alguns podem ter sido um caso de Hidrocefalia ou Progéria,mais a maioria foi proposital por motivação provalvelmente religiosa ou para se igualar aos Deuses e revestir de alguma autoridade divina ou aumentar a capacidades cognitivas a ponto de acreditarem prever o futuro.
    Há, no entanto pelo menos um caso que não se classifica como doença ou proposital.
    Conhecido como o Homem de Boskop,talvez um subespécie do Homem sapiens: http://en.wikipedia.org/wiki/Boskop_Man

  • Jéssica Santos:

    coitados ficaram parecendo ET’s kkk’

    • Fernando Campos:

      As vezes era justamente essa a intenção. Já parou pra pensar?
      Existem relatos no antigo Egito da mesma prática.. Coincidência? =)

  • Fernando Cruz:

    O estranho é que tambem no Egito foram encontrados cranios similares.
    Desculpem a viagem, mas será que num primeiro, a ideia das deformações seria imitar, copiar ou se assemelhar aos “deuses ou alienigenas do passado”? (eu assisto aquela serie do History)

    No mínimo intrigante.

    • Juca da Silva:

      Kkkkkkkkk tbm assisto, acho muito legal, mas ñ creio em aliens, não existe vida alienígena….

    • Marte:

      O universo é tão grande que é impossível não existir.

    • Juca da Silva:

      E daí que o Universo é imenso? A vida ñ precisa só de espaço pra surgir, necessita de condições exatas, como:
      -água no estado líquido;
      -atmosfera com oxigênio, filtro contra os raios UV, chuva;
      -vegetação pra renovar esse oxigênio e filtrar o CO2;
      -necessita que o planeta tenha um campo eletromagnético nem muito forte nem fraco, o suficiente pra filtrar as danosas radiações solares;
      -necessita que esse planeta esteja numa órbita quase circular ao redor de uma estrela, numa distância confortável nem longe demais para que o planeta congele e fique escuro, nem perto demais para que não evapore sua água, aniquile sua atmosfera, torne a vida insuportável;
      -necessita um planeta ñ grande demais, como Jupiter, cuja gravidade esmaga absolutamente tudo;
      -nem pequeno demais a ponto de ñ conseguir reter uma atmosfera;
      -necessita de uma lua, como a nossa que ajuda a regular as marés, estações do ano e olha só, também ajuda a regular a obliquidade da Terra, isto é, o grau de inclinação do seu eixo.
      A inclinação em Marte, que não tem um satélite natural tão grande quanto o nosso, já alterou sua inclinação entre 10 e 50 graus ao longo da sua vida. Essa inclinação gera mudanças climáticas catastróficas: hora criando calotas polares e hora derretendo elas.
      Se não existisse a lua aqui, do nosso lado, exercendo a sua influência, a Terra já teria alterado sua inclinação em uns 85 graus, tornando o nosso planeta inabitável. Não existiriam as 4 estações que estamos acostumados a ver.
      -estar cercado de planetas que funcionam como protetores, atraindo os asteroides pelas suas órbitas, evitando que atinjam o planeta habitado;
      -estar num ponto ideal da galaxia, como a o sistem solar que está num dos braços da Via-láctea, a 2/3 do centro, onde é um caos total, com milhões de estrelas próximas e buracos-negros e muito radiação de raios-X e gama, estrelas de nêutron enfim…
      Isso td é só um breve resumo, ok?
      Ah, e jamais esquecendo, a vida não surge do nada, necessita de um Criador 🙂

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